Na última quarta-feira, 29 de maio, o Departamento de Vigilância em Saúde de Tupã confirmou mais um caso de Chikungunya na cidade. O paciente, um homem de 68 anos, residente na Zona Oeste, teve os primeiros sintomas no dia 13 de maio e realizou o exame em um laboratório particular, que confirmou a infecção.
Com este novo caso, Tupã agora contabiliza cinco casos confirmados de Chikungunya, sendo dois registrados em abril e três no mês de maio. A doença é transmitida pela picada da fêmea de mosquitos infectados Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Como ocorre a transmissão
O ciclo de transmissão da Chikungunya inicia quando um mosquito pica uma pessoa infectada, especialmente durante o período de viremia — que se estende de um dia antes do surgimento da febre até o quinto dia da doença. O mosquito, após um período de incubação de cerca de dez dias, torna-se capaz de transmitir o vírus a outras pessoas.
Os sintomas geralmente aparecem entre 3 a 7 dias após a picada do mosquito infectado, embora possam variar de 1 a 12 dias. A maioria dos infectados apresenta sintomas dentro de dez dias, mas nem todos desenvolvem a doença de forma sintomática.
Sintomas e evolução da doença
A Chikungunya pode se manifestar em fases aguda, subaguda e crônica. A fase aguda, que dura de 3 a 10 dias, é marcada por febre alta (acima de 39°C) e dor articular intensa. Outros sintomas incluem cefaleia, dor nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupções cutâneas e conjuntivite.
Na fase subaguda e crônica, a maioria dos pacientes experimenta uma melhora após os primeiros dez dias. No entanto, é comum uma recaída dos sintomas, com queixas de dores reumáticas intensas nas articulações, ossos, punhos e tornozelos, geralmente entre dois e três meses após o início da doença. Distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud, também podem ocorrer, além de sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.
Medidas preventivas e combate ao mosquito
As autoridades de saúde de Tupã reforçam a importância das medidas preventivas para combater a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Recomenda-se à população eliminar focos de água parada, manter caixas d água fechadas e utilizar repelentes. A colaboração de todos é essencial para controlar a disseminação do vírus.