Prefeitura já pagou mais de 50% das dívidas do governo anterior

O prefeito Ricardo Raymundo apresentou nesta semana balanço dos trabalhos realizados nos três primeiros meses de gestão, que reduziu em mais da metade as dívidas herdadas da administração anterior. Segundo os dados, a atual administração assumiu o mandato com uma dívida de quase R$ 12,5 milhões, incluindo folha de pagamento e o FGTS dos funcionários. Descontados os R$ 3,5 milhões deixados em caixa pela administração passada o atual governo iniciou os trabalhos enfrentando uma dívida quase R$ 8 milhões com fornecedores. Adotando uma nova filosofia administrativa, racionalizando os gastos e reorganizando vários setores da prefeitura, a atual administração conseguiu reduzir as despesas, mesmo com a ampliação do atendimento à população, com o restabelecimento do expediente das 7h30 às 17 horas. O resultado obtido nesses primeiros três meses de trabalhos foi a redução drástica dos restos a pagar. No caso dos fornecedores, a dívida passou de R$ 8 milhões para apenas R$ 3,6 milhões. De acordo com avaliou positivamente os resultados do primeiro trimestre e lembrou as dificuldades imediatas enfrentadas ao assumir a prefeitura. "Com muito esforço e muita dedicação pouco a pouco estamos restabelecendo a saúde financeira da prefeitura. Mas quando eu e o Caio assumimos a prefeitura, sabíamos das dificuldades, mas não tínhamos noção do tamanho dessas dificuldades, principalmente parte de maquinários, com vários equipamentos e veículos, o grande número de buracos nas ruas e, sobretudo, o alto volume de restos a pagar. Ou seja, além das grandes dívidas com fornecedores também não tínhamos materiais ou maquinários para começar a trabalhar", recordou. Durante a apresentação, que contou com a participação dos vereadores Capitão Neves, Cabo e Pastor Castilho, Meirelles e Paulo Henrique Andrade, Ricardo explicou também que priorizou inicialmente as ações voltadas à área da saúde, com trabalhos de roçada e limpeza para eliminação de criadouros do Aedes aegypti, afastando riscos de propagação de doenças como dengue, chikungunya, zika vírus e febra amarela. "Também priorizamos a questão de segurança e com a parceria do DER iniciamos um serviço paliativo para minimizar o problema dos buracos nas ruas", afirmou. Outra medida corajosa adotada pela atual administração foi cancelamento do carnaval popular Tupã Folia por falta de recursos, uma decisão que recebeu total apoio da população, inclusive dos blocos carnavalescos e dos foliões mais apaixonados pelo carnaval. "Agradecemos à população, que entendeu a impossibilidade de realizarmos o carnaval neste ano devido à grave situação econômica do município e a necessidade de priorizarmos os poucos recursos disponíveis para outras áreas como saúde, educação e segurança. Também gostaria de agradecer à iniciativa privada que se empenhou em realizar eventos carnavalescos, em alguns casos vezes com entrada gratuita, oferecendo alternativas para a população aproveitar o carnaval". O prefeito destacou também outro desafio foi recuperar o crédito da prefeitura, já que devido às dívidas anteriores muitos fornecedores se negavam a vender para prefeitura ou cobravam preço maior para compensar eventual atraso nos pagamentos. "Iniciamos um trabalho intenso de renegociação desses débitos e contamos com o apoio e a compreensão dos nossos credores, que estão confiando na nossa administração e nos trabalhos que estamos realizando. Ao mesmo tempo definimos metas de trabalho com os secretários porque sempre acreditamos que era possível reduzir os custos sem prejudicar a eficiência ou a qualidade dos serviços e atendimentos prestados à população". Segundo Ricardo, com a readequação e otimização dos serviços, que incluiu a criação da Central Única de Compras, garantindo economia e maior qualidade nas licitações e compras efetuadas pelo Executivo, a prefeitura conseguiu economizar os recursos mesmo ampliando o horário do expediente, que desde o dia 1º de janeiro deste ano voltou a ser das 7h30 às 17 horas. O prefeito informou também que com a economia obtida com o cancelamento do carnaval, com renegociação dos débitos e a reestruturação da gestão administrativa, a prefeitura conseguiu reduzir em cerca de 50% a dívida herdada da administração anteriores, estimada em mais de R$ 9 milhões. Além de reduzir drasticamente o montante dos restos a pagar, que passou de R$ 9 milhões para pouco mais de R$ 3,6 milhões e que deve ser zerado até 2018, a prefeitura também vem capitalizando recursos para retomar os investimentos. "Nosso objetivo de zerar as dívidas até o final do ano para que possamos começar 2018 com capacidade real de investimento. E mesmo sem termos zerado as dívidas vamos, pouco a pouco, conseguindo investir na cidade. Com capitalização de recursos e a recuperação de maquinário que estava sucateado, como esteira e caminhão usina de asfalto, por exemplo, vamos em breve iniciar serviços de recape e aplicação de lama asfáltica nas ruas onde a situação do asfalto já é tão crítica que a operação tapa buracos já não é suficiente". Ele destacou também que a prefeitura irá investir mais de R$ 1 milhão para ampliação do número de vagas nas creches. O objetivo, segundo Ricardo, é reduzir em 80% a listra de espera por vagas em creches ainda neste ano. Outro resultado positivo obtido pela atual administração é o equilíbrio das finanças municipais, que hoje tem condições de pagar em dias as novas compras. "Graças ao empenho de todos, sobretudo de todos os funcionários em apenas 90 dias conseguimos equilibrar as finanças municipais e hoje a prefeitura tem condições de pagar todas as novas compras e serviços no prazo de 30 dias". Ricardo também ressaltou a prefeitura também pretende priorizar a conclusão das mais de 30 obras paralisadas, lembrando que as obras iniciadas com recursos do turismo antes de 2011 não terão mais recursos estaduais para serem concluídas. "Infelizmente o governo estadual não repassará mais nenhum recurso para as obras iniciadas antes de 2011 com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade). Dessa forma tínhamos duas opções ou abandonar as obras e devolver todos os recursos repassados pelo Estado, corrigidos e atualizados ou buscar uma forma de concluir essas obras com recursos próprios. Mesmo com todas as dificuldades vamos levantar os recursos para concluir essas obras porque a população não pode ser prejudicada pelos problemas administrativos das outras gestões", afirmou. Ricardo finalizou agradecendo a confiança da população e também o apoio dos vereadores que tem procurado contribuir com o município, buscando soluções para os problemas da cidade. "Queremos garantir a todos os secretários recursos, equipamentos e mão de obra para que possam realizar aquilo que a população necessitada em cada área. E por isso, não poderia deixar de agradecer não só a colaboração e a dedicação dos funcionários, mas também a compreensão e a confiança da população e o apoio dos vereadores que estão ouvindo a população e nos procurando para buscar soluções para que possamos construir uma cidade cada vez melhor", finalizou.