O interior de São Paulo atravessa um dos períodos mais críticos de estiagem já registrados, com mais da metade do estado enfrentando condições de seca extrema e severa. Em Tupã, a situação é preocupante, refletindo a gravidade da falta de chuvas.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), esta é a maior seca registrada no Brasil desde 1950, afetando quase todo o país, exceto o Rio Grande do Sul. No estado de São Paulo, 641 dos 645 municípios sofrem com a estiagem, distribuídos entre:
Tupã está classificada como uma das cidades com seca severa, o que impacta diretamente a disponibilidade de água e o cotidiano da população. Na cidade vizinha de Garça, a seca é considerada extrema, indicando uma situação ainda mais crítica.
Segundo Ana Paula Cunha, pesquisadora do CEMADEN, a seca em São Paulo já dura nove meses, e com patamares surpreendentes. “Faz tempo que estamos falando da situação de São Paulo. Foram verão, outono e inverno com chuvas abaixo da média. Desde a crise hídrica de 2014 e 2015 não registrávamos essa intensidade e duração de seca nesse período (maio-agosto), especialmente no noroeste paulista”, ressaltou.
O problema também se agravou em outras regiões do país. O CEMADEN verificou um aumento nos municípios em situação crítica entre junho e julho. O número de cidades com seca extrema saltou de 106 para 404, e os com seca severa, de 918 para 1.361. Além de São Paulo, os estados mais afetados são Amazonas, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
Um levantamento feito pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) a pedido do jornal O Globo mostra que 624 cidades decretaram situação de emergência devido à estiagem. A maioria dos municípios nessa condição (152) é da Paraíba. Bahia e Pernambuco aparecem em seguida, com 120 e 111 cidades afetadas, respectivamente, informa a Folha de Pernambuco.
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