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Um morador de Adamantina foi vítima de mais um caso de fraude envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários, conforme revelado em reportagem do portal Metrópoles nesta sexta-feira (23). A denúncia faz parte de um esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), envolvendo contratos falsificados e associações suspeitas.

O aposentado, que passou a sofrer descontos mensais não autorizados em seu benefício, entrou com uma ação judicial contra a AASAP (Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista). A entidade alegou que ele havia se filiado voluntariamente por meio de um contrato digital. No entanto, a defesa do idoso apresentou provas de que, na data da suposta assinatura do contrato, ele se encontrava em sua residência em Adamantina, a cerca de 590 quilômetros da cidade de São Paulo, onde o documento indicava ter sido assinado.

Ainda segundo o Metrópoles, o processo revelou que a associação se recusou a arcar com os custos da perícia determinada pelo juiz para verificar a autenticidade da assinatura digital. Em casos como esse, a Justiça costuma considerar a ausência de prova válida como indicativo de fraude, resultando em condenação da associação pelos descontos indevidos.

A AASAP, conforme destacou o Metrópoles, já foi alvo de diversas reclamações de aposentados por envolvimento em fraudes relacionadas a empréstimos consignados e mensalidades associativas inseridas sem autorização. Originalmente registrada como Chronos Clube de Benefícios, a entidade mudou de nome e passou a atuar com autorização do INSS após assinar um Acordo de Cooperação Técnica em março de 2024, sob gestão do então diretor de Benefícios do órgão, André Fidelis, investigado por suspeita de envolvimento no esquema.

A mesma reportagem do Metrópoles também destaca outro caso ocorrido em Pacaembu, cidade próxima a Adamantina. Uma aposentada de 76 anos foi vítima de três tipos de descontos indevidos: mensalidade associativa, empréstimo consignado e clube de vantagens. Ela obteve vitória judicial contra o Clube de Seguros e Benefício do Brasil e o Banco Bradesco, que foram condenados a restituir os valores e pagar indenização por danos morais.

As investigações apontam que clubes de benefícios e associações têm operado em parceria com empresas de crédito consignado para aplicar descontos não autorizados nos benefícios de aposentados. O Metrópoles identificou ainda outras entidades com condenações na Justiça por práticas semelhantes, como a AMPABEN BRASIL e a ABAMSP.

Até o momento, as entidades citadas não se manifestaram oficialmente sobre os casos. O espaço permanece aberto para respostas.

TV Câmara

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