O feriado estadual de 9 de Julho, celebrado nesta quarta-feira, marca o início da Revolução Constitucionalista de 1932, o maior conflito armado do século XX em território brasileiro — e Tupã tem seu nome registrado nessa história.
O movimento, que teve início na noite do dia 9 de julho, foi deflagrado em São Paulo com o objetivo de exigir a criação de uma nova Constituição para o país, rompendo com o governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado após a Revolução de 1930.
Mais do que um marco paulista, a Revolução teve também forte representação tupãense. Diversos moradores da cidade participaram diretamente do conflito, alguns deles inclusive reconhecidos formalmente como ex-combatentes.
Durante solenidades cívicas realizadas ao longo dos anos, como a tradicional homenagem em frente ao monumento da Praça 9 de Julho, são lembrados nomes como Manuel Marques de Oliveira, Francisco Ribeiro Barros, Victor Bereta, Luiz de Souza Leão — este último, inclusive, fundador de Tupã. O uniforme utilizado por ele na Revolução está preservado até hoje no acervo do Museu Índia Vanuíre.
Outros nomes registrados como combatentes oriundos de Tupã incluem: Antônio Pedro da Silva, José Nazareth Gomes Guimarães, Diogo Caparroz, Tobias Rodrigues, Jácomo Lourenção, Mariano Salerno, José Fraga Moreira, entre vários outros. Eles integraram batalhões formados por civis, estudantes, intelectuais e militares que aderiram à causa constitucionalista.
O movimento se estendeu até outubro daquele ano e, embora militarmente derrotado, forçou o governo federal a acelerar o processo de redemocratização, com a convocação de uma Assembleia Constituinte em 1933 e a promulgação de uma nova Constituição em 1934.
Hoje, o 9 de Julho é a data cívica mais importante do calendário paulista. Em Tupã, a memória da Revolução de 1932 permanece viva, simbolizada no monumento instalado na Vila Vargas e nas homenagens prestadas ano após ano àqueles que lutaram por um país mais democrático.