Foram registrado 100 casos positivos de leishmaniose neste ano em Tupã

A população de Tupã deve ficar mais atenta ainda ao número de casos de leishmaniose visceral em cães. Donos de pets, principalmente os mantidos em quintais, e as autoridades públicas devem aumentar as medidas para o controle da doença. Neste ano, muitos animais já foram examinados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). De janeiro a abril deste ano, 104 dos exames tiveram resultado positivo. A doença é transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário leishmania. O cachorro não transmite a doença para outros cães, nem para humanos, mas uma vez contaminado se torna portador - caso seja picado, infecta o mosquito-palha com a doença, tornando o inseto transmissor. Portanto, cão positivo é sinal de alerta. Segundo os dados divulgados pelo CCZ, de janeiro a abril, em Tupã, foram 104 casos positivos de leishmaniose em cães. Todos confirmados e sacrificados. "Atualmente, não se tem uma região mais ou menos crítica, temos casos espalhados por várias áreas da cidade", alertou ainda Robison Luís, responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses. O pior é que ainda existem muitas residências abandonadas na cidade, com muita sujeira e materiais em decomposição, segundo revelou Robison. Vale lembrar que a principal forma de prevenção à doença é a utilização de repelentes - no caso dos cães há coleira com essa ação - e com a limpeza de áreas ao redor do quintal, já que o mosquito-palha gosta de lugares úmidos, escuros e com acúmulo de matéria orgânica. A população deve saber que o alerta para a leishmaniose vale para todos, proprietários ou não de animais domésticos. Trata-se de uma zoonose e que, portanto, as pessoas também podem adoecer. "Reforçamos orientações gerais quanto ao manejo ambiental (manutenção dos quintais limpos, livres de materiais em decomposição, realização da poda de árvores periodicamente, não utilização de restos de alimentos como adubo, recolhimento diário de folhas, frutos e fezes de animais), evitando assim a proliferação do mosquito palha", finalizou Robison Luís.