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A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiologica e em conjunto com a pediatra Dra. Camila Carneiro Gonçalves, realizou na última semana uma força tarefa no Alto Sumaré para coletar o sangue das crianças infectadas com a síndrome mão-pé-boca. A ação contou com a parceria do Dermatologista Dr. Miguel Angelo Demarchi e do Infectologista Dr. Douglas Batista da Silva. De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Tupã, Joselaine Pio Rocha, a síndrome mão-pé-boca é uma das infecções virais mais comuns durante a infância, sendo benigna, no entanto, de longa duração na maioria dos casos. "Com essas informações, a Vigilância Epidemiológica e a pediatra do Município Dra Camila esquematizaram uma força tarefa juntamente com o Dr Douglas, Dr Miguel e laboratório Municipal para a avaliação e coleta da sorologia sedãs crianças avaliadas. Até o momento o que podemos dizer é que a doença é contagiosa e tem cura e é de grande importância que os pais quando perceberem o surgimentos dessas ‘feridinhas’ procurem o posto de saúde o mais rápido possível", disse. Segundo Josi, a síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral contagiosa muito comum em crianças, que é caracterizada por pequenas feridas na cavidade oral e erupções nas mãos, nos pés e em muitos casos na região do quadril também. "A síndrome mão-pé-boca é, na maioria dos casos, uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar nenhum tipo de complicação. O maior problema costuma ser o risco de desidratação, pois a dor de garganta pode fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquidos", explica. Segundo o Dermatologista da Secretaria de Saúde, Dr. Miguel Angelo Demarchi, de todas as principais causas de doenças que contam com febre + manchas vermelhas na pele, a doença mão-pé-boca é uma das mais fáceis de ser diagnosticadas, devido ao seu típico envolvimento da mucosa oral, solas dos pés e palmas das mãos. "O vírus que causam a doença mão-pé-boca podem ser transmitidos por contato com secreções das vias respiratórias, secreções das feridas das mãos ou dos pés e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. Isso significa que o Vírus pode ser transmitido tanto por contato, como beijar alguém infectado; ter contato com secreções respiratórias, geralmente através da tosse ou espirro; contato com brinquedos ou objetos que possam ter sido contaminados por mãos sujas; contato com roupas contaminadas e até trocar fraldas de crianças contaminadas sem a higienização correta", explicou. De acordo com o Infectologista da rede municipal de saúde, Dr. Douglas Batista da Silva, a doença é sazonal e geralmente a fase de maior contágio da síndrome mão-pé-boca é durante a primeira semana de doença. Porém, mesmo após a cura, o paciente pode permanecer eliminando o vírus nas fezes, o que o mantém contagioso durante dias ou até semanas depois dos sintomas terem desaparecidos. A síndrome mão-pé-boca costuma durar de 7 a 10 dias e cura-se espontaneamente, sem a necessidade de tratamento e sem causar complicações na maioria dos casos. A complicação mais comum costuma ser a desidratação, por isso é importante os pais e responsáveis ficarem de olho nas crianças", disse. Sintomas Segundo a Pediatra, Dra. Camila Carneiro Gonçalves, os primeiros sintomas a surgirem costumam ser a dor de garganta e a febre, que fica por volta dos 38ºC. Mal-estar e perda do apetite também são frequentes. "Num primeiro momento, a doença é muito parecida com qualquer quadro de virose comum, sendo impossível o seu diagnóstico clínico nesta fase. Um ou dois dias após os primeiros sintomas, começam a surgir às lesões características que dão o nome à doença mão-pé-boca", explicou. De acordo com a pediatra, as lesões da boca começam como pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em úlceras dolorosas, semelhantes às aftas comuns. Essas ulcerações surgem habitualmente na língua, e nas partes internas dos lábios e bochechas. O palato (céu da boca) também pode ser afetado. "As lesões costumam ter de 0,1 a 1 cm de diâmetro e podem se romper, liberando um líquido que é bem contagioso. Nádegas, coxas, braços tronco e face também podem apresentar algumas lesões. É importante destacar que nem todas as pessoas contaminadas pelo Vírus desenvolvem o quadro clínico completo. 75% dos pacientes têm a síndrome completa, mas o restante pode ter apenas lesões na boca ou na pele", esclareceu. Tratamento Segundo a pediatra, não existe tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca. E nem precisa, pois a doença costuma ser autolimitada. "Em geral, bastam anti-inflamatórios ou analgésicos comuns para controlar os sintomas de dor e febre. É importante manter as crianças bem hidratadas. Nos casos mais graves, principalmente nas crianças que recusam a alimentação e passam a correr risco de desidratação, a internação hospitalar pode ser necessária", ressaltou. Prevenção De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Tupã, Joselaine Pio Rocha, pessoas contaminadas devem ficar em casa. Crianças não devem ir à creche ou à escola, e adultos devem faltar o trabalho até todos os sintomas terem desaparecidos. "Como o vírus ainda pode ser eliminado nas fezes mesmo após a cura dos sintomas, é importante orientar o paciente a lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear comida. Nas creches, é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança pra outra. Roupas comuns e roupas de cama também podem ser fontes de contágio (principalmente se houver secreção das lesões da pele) e devem ser trocadas e lavadas diariamente. Brinquedos também devem ser lavados com frequência. Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca, mas há estudos muito avançados e promissores em curso", finalizou.

Assessoria de Imprensa

Santa catarina

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