O prefeito Ricardo Raymundo a agradeceu o apoio dos vereadores, que na sessão camarária desta segunda-feira aprovaram o Projeto de Lei 36/2017, autorizando a prefeitura a firmar convênio com o Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde (CRIS) para a instalação de 15 Residências Terapêuticas em Tupã.
De acordo com o chefe do Executivo, com a aprovação do projeto a prefeitura vai firmar convênio com o Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde (CRIS) para a contratação de 135 profissionais para a abertura e funcionamento das 15 casas de Residência Terapêutica, além de 3 cargos para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Serão ao todo 90 cargos de Cuidador em Residência Terapêutica, 15 cargos de Técnico de Enfermagem em Residência Terapêutica, 15 cargos de Cozinheiro em Residência Terapêutica, 15 cargos de Auxiliar de Atividades Gerais em Residência Terapêutica. Além disso, serão criados 1 cargo de Técnico Educacional e 2 cargos de Auxiliar Administrativo para atuar no CAPS.
"Quero agradecer imensamente aos vereadores pela aprovação do projeto que autoriza a prefeitura a firmar convênio com o Consórcio CRIS para a contratação dos profissionais necessários para a instalação e funcionamento das residências terapêuticas e do CAPS em nossa cidade".
Ricardo destacou também que a aprovação do projeto possibilitará não só que os pacientes que eram assistidos por instituições psiquiátricas continuem sendo atendidos com dignidade, mas também o cumprimento do acordo firmado na administração anterior entre a prefeitura e a justiça.
"Tínhamos a obrigação de instalar essas Residências Terapêuticas tanto para garantir um atendimento humanizado e de qualidade aos pacientes psiquiátricos quanto para cumprir o acordo firmado entre pelo governo anterior e a Justiça, onde a prefeitura se comprometeu a instalar essas casas dentro de um prazo determinado", afirmou.
Ainda se acordo com Ricardo, para atender esse acordo herdado da administração anterior, a prefeitura elaborou um projeto de criação de cargos objetivando a instalação dessas Residências Terapêuticas. A proposta, que foi discutido amplamente pela Câmara Municipal, foi inicialmente rejeitada pelos vereadores o projeto.
Para resolver o impasse os três poderes, Executivo, Judiciário e Legislativo se reuniram para buscar o entendimento necessário para a implantação das Residências Terapêuticas. "Juntamos forças o Poder Judiciário, os vereadores representando o Poder Legislativo e nós do Poder Executivo e chegamos a um consenso para a melhor condução do projeto. Isso mostra o poder da Democracia e do diálogo. Com a orientação do Poder Judiciário, a prefeitura elaborou um novo projeto e encaminhou para a Câmara Municipal, que assumiu com total seriedade a competência de discutir e votar os projetos e as necessidades da cidade e da população. Por isso agradeço muito mesmo aos vereadores que se empenharam para que esse projeto fosse aprovado, bem como à Mesa Diretora da Câmara, que sempre esteve atento à necessidade da aprovação desta lei", agradeceu.
Importância das Residências Terapêuticas
A necessidade de implantação das Residências Terapêuticas surgiu com o fechamento do Instituto Psiquiatria Tupã (IPT), que deixou dezenas de pacientes desamparados.
Para garantir total assistência a esses pacientes a prefeitura decidiu adotar o modelo das Residências Terapêuticas, que vem de encontro com a política de saúde mental de desinstitucionalização e fechamento de leitos hospitalares psiquiátricos, defendida pelo governo federal.
A primeira unidade foi instalada em dezembro de 2015, na avenida Tapuias e atende 10 pacientes, todos ex-moradores do IPT. Além de oferecer um espaço adequado para que possam viver com dignidade, autonomia e qualidade de vida, Residência Terapêutica, disponibiliza uma equipe de 12 funcionários, incluindo técnico de enfermagem, psicólogo, cozinheira, auxiliar de limpeza e vários cuidadores, que se revezam em regime de plantão para garantir assistência e acompanhamento 24 horas aos pacientes.
Através da Residência Terapêutica esses pacientes vivem de forma diferenciada da instituição asilar, como se fossem moradores comuns vivendo dentro de uma residência comum, mas com toda assistência e acompanhamento necessários.
Além de toda estrutura oferecida aos pacientes-moradores, outro diferencial neste tipo de atendimento é que os assistidos mantêm uma rotina diária de atividades, similar à rotina de um lar.
Os pacientes realizam terapia ocupacional; atividades físicas diárias, com passeios acompanhados pelos cuidadores; atividades dentro da residência, como trabalhos de pintura, trabalhos lúdicos, entre outros.
Assessoria de Imprensa