Tupãense que teve AVC na Colômbia tem melhora: Já consegue se alimentar , diz irmão
15/08/2017 Lucas Assumpção Junqueira viajou para fazer intercâmbio e passou mal duas semanas depois
O irmão do jovem tupãense, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante intercâmbio na Colômbia, está no país para acompanhar de perto a situação de Lucas Assumpção Junqueira, de 27 anos, de Tupã (SP). Lucas, que cursa geografia da USP e foi à Colômbia para fazer uma especialização passou mal após duas semanas de viagem.
"Eu recebi a notícia de que o Lucas tinha sofrido um AVC na quinta-feira à tarde. Primeiramente ficamos em choque, depois, tentei me informar melhor da situação. Entrei em contato com a Embaixada e também tive apoio da seção de intercâmbio da USP, onde estudamos. No dia seguinte fomos atrás do valor da passagem, da documentação e graças ajuda de várias pessoas, doações eu consegui viajar para Colômbia", conta Matheus Assumpção Junqueira, irmão mais novo de Lucas.
O jovem está internado em um hospital particular em Bogotá, na capital colombiana, e a conta hospitalar já passa de R$ 15 mil. Segundo a família, o custo aumenta cerca de R$ 3 mil a cada dia de internação.
Matheus chegou a Bogotá no sábado (12) e só conseguiu conversar com o irmão, que está na UTI, no domingo (13), durante o horário de visita.
"Quando eu o encontrei vi que ele teve uma melhora na parte esquerda do corpo, que foi afetada pela paralisia após o AVC. Conversei com meu irmão e ele já está conseguindo se alimentar."
Segundo Matheus, Lucas não tinha nenhum problema de saúde e os médicos ainda não sabem o que pode ter causado o AVC. "Eles estão achando que pode ser relacionado a algo cardíaco, mas devem fazer mais exames. No entanto, foi descartada a possibilidade de problema de coagulação sanguínea, porque foram realizados exames nesse sentido e nada foi constatado", completa Matheus.
Lucas sofreu um AVC após duas semanas de intercâmbio na Colômbia (Foto: Lucas Junqueira Assumpção / Arquivo pessoal )
Campanha
Matheus contou ainda que o irmão fez um seguro de vida para a viagem, mas eles estão com dificuldade para entrar em contato com a seguradora e saber que procedimentos eles cobrem. No Brasil, a família está fazendo uma campanha na cidade e também nas redes sociais na tentativa de trazer Lucas para o país.
"Nós queremos que ele se recupere aqui perto da família. Nós entramos em contato com a Embaixada, porque não temos condições de arcar com os custos de fazer essa transferência dele, mas fomos informados que eles não podem nos dar auxílio financeiro", disse a irmã de Lucas, Nayara Assumpção. Ela também reclama da dificuldade de conseguir informações sobre o estado de saúde do irmão.
"Entrei em desespero porque, ao tentar entrar em contato com o hospital, eles disseram por telefone que só poderiam passar atualizações aos parentes pessoalmente. Por isso, meu irmão mais novo foi para lá."
Esse impasse fez com que a família entrasse em contato com a Embaixada Brasileira na Colômbia para tentar auxiliar no retorno de Lucas para o Brasil em algum avião com suporte médico de tratamento intensivo. Contudo, até o momento, o governo tem ajudado apenas no contato com o hospital.
A alternativa encontrada foi criar uma campanha para arrecadar dinheiro. Os amigos do estudante também estão pedindo doações pelas ruas da cidade, e o apelo está até em um cartaz na frente da casa da família. Pela campanha na internet a família conseguiu levantar até agora pouco mais de R$ 8 mil.
Por meio de nota, o Itamaraty alega que a embaixada está acompanhando o caso, mas que não está autorizada a divulgar mais detalhes. Também consultada, a USP disse que está ajudando com todas as informações e trâmites institucionais, e que Lucas está consciente e seu quadro de saúde é estável.
Amigos e familiares criaram campanha para arrecadar dinheiro para custear tratamento e transferência de jovem de Tupã internado na Colômbia (Foto: Reprodução / TV TEM)