Em atendimento a uma decisão judicial, a Prefeitura de Tupã terá que fornecer o medicamento Brentuximabe Vedotina (50 mg) para o tratamento do tupãense Irving Fernando Voleck Loyola, o "Cenoura", de 24 anos, acometido pelo câncer "Linfoma de Hodgkin", que atingiu seu sistema linfático, no mês de dezembro de 2015. A decisão liminar foi proferida pela juíza da 2ª Vara Cível da Comarca de Tupã, Danielle Oliveira de Menezes Pinto Rafful Kanawaty.
A Farmácia Municipal recebeu a demanda judicial no dia 14 de setembro. A prefeitura tem cinco dias para atender a demanda judicial, sob pena de multa e responsabilidade. O prazo para entrega dos medicamentos encerrou ontem, dia 19.
O ofício destaca que, se houver necessidade de prorrogação do prazo judicial concedido, o pedido deverá ser enviado à procuradoria, dentro do prazo judicial, em ofício datado e assinado contendo as justificativas necessárias e documentos, se for o caso, para postulação em juízo.
Ofício encaminhado pela Prefeitura de Tupã destaca que o jovem Irving Fernando Voleck Loyola será comunicado pelo setor competente sobre responsabilidade do medicamento pleiteado na ação judicial, a ser fornecido pelo setor de demanda judicial do DRS-IX (Departamento Regional de Saúde de Marília). "Esta ação judicial para o fornecimento de medicamentos é uma obrigação solidária entre o Estado de São Paulo e a Prefeitura da Estância Turísitca de Tupã", afirmou.
O ofício da prefeitura assegura que o medicamento "já foi solicitado e segue os trâmites administrativos de aquisição; e assim que estiver disponível, será fornecido ao requerente", afirmou.
De acordo com a nota de empenho para aquisição do medicamento, a prefeitura irá comprar 12 unidades do remédio Brentuximabe Vedotina (50 mg), com preço de R$ 12.997,09 por unidade, totalizando R$ 155.965,08.
Agradecimento
Em sua rede social, o jovem agradeceu a todos que se envolveram na doação, e disse estar feliz e ansioso para iniciar o tratamento que poderá trazer a cura para sua enfermidade. "As chances de cura são de 85%. Estou muito otimista e ansioso para começar ele (o tratamento)", afirmou.
Segundo Loyola, a campanha de arrecadação colaborou para se chegar à decisão judicial. "As orações, a energia positiva, a vibração, o calor, a comoção de todos, a união pela luta do medicamento e as pessoas ajudando de qualquer forma para que isso se tornasse possível", disse.
Após receber o medicamento, Loyola irá a cada 21 dias para a cidade de Presidente Prudente, para fazer seu tratamento.
O jovem destacou que, após o tratamento e com a remissão da doença, pretende fazer um transplante de medula alogênio, com o auxílio de um doador, seja alguém de sua família ou de alguém disponível no banco de dados. "A doença pode voltar. E se ela voltar, posso pegar a medula de alguém que seja 25% compatível com a minha. Quando eu estiver com a medula e a doença quiser voltar, o linfoma não vai reconhecer o linfócito", explicou.
Redação Diário de Tupã