UPA teve queda de 23% nos atendimentos

Os atendimentos realizados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) tiveram queda de 23% no ano de 2017, em relação ao ano de 2016. De acordo com os dados da UPA, no ano de 2016 foram prestados 71.660 atendimentos. No ano de 2017, foram 55.135 atendimentos - uma média de 151 atendimentos por dia. Segundo a enfermeira responsável pela UPA, Érika Doretto, a redução de atendimentos registrada no ano de 2017 se deu pelo fato dos prontos-socorros da Santa Casa e do Hospital São Francisco (na época, ainda em funcionamento) voltarem a normalizar o atendimento com a "porta aberta", sem utilização do referenciamento, então destinado à UPA. Érika explicou que, no ano de 2016, o aumento na procura se deu por causa desse referenciamento, onde os pacientes deveriam procurar o primeiro atendimento na UPA. "Posteriormente, se necessário, após consulta médica, exames laboratoriais e medicação, os pacientes eram encaminhados para a Santa Casa e São Francisco. Os prontos-socorros dos hospitais ficavam destinados a atender a ‘linha vermelha’, ou seja, pacientes que eram conduzidos pelo resgate e os pacientes encaminhados da UPA", salientou. Outro motivo que resultou na queda de atendimentos da UPA, de acordo com a enfermeira, é que no ano de 2017 as unidades básicas de saúde passaram a atender a população em horário normal, das 7 às 17 horas. "E os prontos-socorros já atendiam a demanda livre", afirmou. A medida "desafogou" a demanda e reduziu o número de atendimentos na UPA. Vale lembrar que, em 2016, além do referenciamento da UPA, as Unidades Básicas de Saúde do município atendiam a demanda de pacientes no período das 7 às 13 horas, o que sobrecarregava os trabalhos. Atualmente, a Prefeitura de Tupã investe cerca de R$ 500 mil mensais para a manutenção da UPA. O prefeito José Ricardo Raymundo (PV) já informou que a prefeitura estuda a readequação nos atendimentos para reduzir as despesas com a unidade. O governo federal, responsável pela manutenção da UPA, repassa somente cerca de R$ 100 mil para custeio dos atendimentos. 2018 Mas, neste ano, o número de atendimentos com certeza deverá aumentar, embora ainda não se possa dimensionar em que nível. Isso porque o Hospital São Francisco encerrou o convênio com o SUS, fechando o seu pronto-socorro.