Paineira Tupã

A doença mão-pé-boca é comum em bebês e crianças menores de 10 anos de idade e é caracterizada por febre, lesões na boca e erupções cutâneas (bolhas na pele). Inicia com febre, falta de apetite, mal-estar e com frequência dor de garganta. De acordo com a pediatra da Secretaria Municipal de Saúde, Camila Gonçalves, a doença ocorre com mais frequência em crianças com idade pré-escolar, embora adultos e crianças de qualquer idade também possa contrair. "Muitas pessoas ainda desconhecem a doença pelo fato do nome ‘mão-pé-boca’ não ser nada comum. Na verdade, a doença é uma infecção enteroviral (vírus presente no intestino) contagiosa, a transmissão ocorre através do contato entre as pessoas. A maioria dos casos acontece no verão. Não existe vacina para este tipo de doença, por isso medidas de prevenção, principalmente de higiene pessoal, higiene no manuseio e preparo de alimentos e com objetos de uso comum entre as crianças são indispensáveis no controle dessa doença”, afirma. Segundo a pediatra, a doença apesar de não ser perigosa, é altamente contagiosa. "A síndrome mão-pé-boca é, na maioria dos casos, uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar nenhum tipo de complicação. O maior problema costuma ser o risco de desidratação, pois a dor de garganta pode fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquidos”, explica. Ela explicou ainda que o vírus que causa a doença mão-pé-boca pode ser transmitido por contato com secreções das vias respiratórias, secreções das feridas das mãos ou dos pés e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. A síndrome mão-pé-boca costuma durar de 7 a 10 dias e cura-se espontaneamente, sem a necessidade de tratamento e sem causar complicações na maioria dos casos. A complicação mais comum costuma ser a desidratação, por isso é importante os pais e responsáveis ficarem de olho nas crianças. Sintomas De acordo com Camila, os primeiros sintomas a surgirem costumam ser a dor de garganta e a febre, que fica por volta dos 38ºC. mal-estar e perda do apetite também são frequentes. "Num primeiro momento, a doença é muito parecida com qualquer quadro de virose comum, sendo impossível o seu diagnóstico clínico nesta fase.Um ou dois dias após os primeiros sintomas, começam a surgir às lesões características que dão o nome à doença mão-pé-boca”, explicou. Segundo ela, as lesões da boca começam como pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em úlceras dolorosas, semelhantes às aftas comuns. Essas ulcerações surgem habitualmente na língua, e nas partes internas dos lábios e bochechas. O palato (céu da boca) também pode ser afetado. Tratamento A pediatra explicou ainda que não existe tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca. E nem precisa, pois a doença costuma ser autolimitada. Em geral, bastam anti-inflamatórios ou analgésicos comuns para controlar os sintomas de dor e febre. É importante manter as crianças bem hidratadas. Nos casos mais graves, principalmente nas crianças que recusam a alimentação e passa a correr risco de desidratação, a internação hospitalar pode ser necessária. Escola A pediatra ainda faz um alerta aos pais. Segundo ela, crianças que apresentam febre devem ficar em casa durante 24 horas depois que a febre passar (ou conforme a orientação do pediatra). "Também devem ficar em casa as crianças que não estejam se sentindo bem o suficiente para participar de atividades. O ideal é que os pais observem seus filhos e caso a criança apresente algum sintoma da doença, deve ser levada ao pediatra. Vale ressaltar que crianças que apresentam bolhas abertas não devem comparecer a escola”, completa Capacitação No ano passado, mais de 50 funcionários do setor da saúde passaram por capacitação sobre a doença. As palestras foram ministradas pelos pediatras Camila Gonçalves e Otávio, além do Infectologista Douglas Batista da Silva.

Assessoria

Santa catarina

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