Leishmaniose matou mais em Tupã
27/03/2018
Tupã, entre os anos de 2012 a 2017, teve 22 casos positivos de leishmaniose visceral em humanos e quatro mortes.
Entre 14 cidades que pertencem à GVE (Gerência de Vigilância Epidemiológica) de Marília, Tupã foi a que mais apresentou casos de mortes por leishmaniose visceral em humanos, nos últimos seis anos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, com base nos dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) foram registrados, em Tupã, entre os anos de 2012 a 2017, 22 casos positivos de leishmaniose visceral em humanos e quatro mortes causadas pela doença. Cabe ressaltar que o município ficou por 12 anos sem registrar casos ou mortes por leishmaniose visceral em humanos, entre os anos de 1999 a 2011. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o número de mortes causadas por leishmaniose visceral, somente em Tupã, iguala os óbitos registrados nas outras 13 cidades pesquisadas. Entre os anos de 2012 a 2017, o município de Marília, que possui mais de 230 mil habitantes, teve 31 casos de leishmaniose visceral em humanos confirmados, e dois óbitos - metade no número de mortes ocorridas em Tupã, que possui cerca de 65 mil habitantes. No período analisado, Bastos registrou 24 casos e um óbito; Salmourão, seis casos e um óbito; Osvaldo Cruz, 24 casos e nenhum óbito; Adamantina, 20 casos e nenhum óbito; Lucélia, 15 casos e nenhum óbito; Flórida Paulista, 11 casos e nenhum óbito; Pompéia, dez casos e nenhum óbito; Pacaembu, sete casos e nenhum óbito; Rinópolis e Mariápolis, três casos e nenhum óbito; e Parapuã e Inúbia Paulista, dois casos e nenhum óbito. Vale lembrar que outros municípios pertencentes à GVE de Marília não foram inclusos na pesquisa por falta de dados disponibilizados pelo governo estadual. Nos últimos três anos (de 2015 a 2017) não foram registrados óbitos em Tupã, causados por leishmaniose visceral. O governo estadual destaca que foram confirmados, nesse período, oito casos da doença em humanos. A Prefeitura de Tupã iniciou, no ano passado, o programa "Vigilâncias em Ação”, que busca reduzir os casos de leihmaniose no município. Os trabalhos são realizados por meio de palestras, visitas em entidades, clubes de serviços, residências e empresas, buscando a conscientização da população. A equipe tem obtido resultados positivos, mas em menos de três meses, já constatou o mesmo número de casos registrados no ano passado, inclusive com um óbito - o que não ocorria há três anos no município. A doença A leishmaniose visceral americana (LVA) é uma doença transmitida pelo mosquito "palha”, de coloração amarelada, que afeta cães e pessoas. Os sintomas nos cães são anemia, perda de peso e do apetite, feridas pelo corpo, com maior frequência nas orelhas e focinho, crescimento exagerado das unhas, queda de pelos localizada, com maior frequência ao redor dos olhos, e febre prolongada. Os sintomas nos humanos são fraqueza, emagrecimento, febre prolongada, aumento do baço e do fígado, diarréia, anemia e inchaço nas pernas. Proliferação A proliferação do mosquito ocorre em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (como restos de alimentos, folhas, frutos, fezes de animais, entre outros). A fêmea se alimenta do sangue de cães e/ou humanos no período compreendido entre o anoitecer ao amanhecer. Prevenção Ações preventivas que podem ser tomadas contra a proliferação da doença é manter a residência livre de materiais em decomposição, lixo em geral; denun-ciar terrenos baldios com acúmulo de lixo e/ou mato alto; realizar a poda de árvores periodicamente; não utilizar restos de alimentos como adubo; recolher diariamente folhas, frutos e fezes de animais; não deixar animais soltos na rua; e não abandonar animais.
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