Eleição da mesa da Câmara Municipal já tem data para acontecer
28/10/2018 Vereadores já iniciaram articulações para definir o novo presidente da Casa de Leis. Charles e Ribeirão já confirmaram candidaturas.
A votação para a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal acontecerá no dia 11 de dezembro, primeiro dia útil após a realização da última sessão do ano. A votação acontecerá em sessão extraordinária, conforme determina o regimento interno. Os vereadores eleitos para os cargos de presidente da Câmara Municipal, 1º e 2º secretários cumprirão mandato no próximo biênio, entre os dias 1º de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2020.
Faltando pouco mais de um mês para as eleições internas da Câmara, os vereadores já iniciaram articulações em busca de votos. Vale lembrar que o subsídio mensal, pago aos vereadores, é de R$ 5.010,00. Cada vereador tem direito de contratar um assessor parlamentar.
O subsídio mensal pago ao presidente da Câmara, porém, é de R$ 6.295,00. O chefe do Poder Legislativo Municipal pode contratar até dois assessores parlamentares.
Charles do Passos e Antônio Alves, o Ribeirão, já cogitam candidatura a presidência da mesa.
Independência
O vereador Charles dos Passos (PSB) confirmou sua pré-candidatura à presidência da Câmara em reunião ocorrida com outros parlamentares, na última quarta-feira, dia 24. "A Câmara Municipal não pode se preocupar em apoiar ou não o prefeito. A Casa tem que ser independente e trabalhar pelo que é certo”, afirmou Passos, ao destacar que irá trabalhar para oferecer mais independência ao Poder Legislativo.
O parlamentar explicou que a Câmara Municipal possui prazos a serem respeitados, na tramitação de projetos encaminhados pela prefeitura. "Há projetos do prefeito que não obedecem aos prazos de tramitações. Esses projetos são encaminhados e tramitam de qualquer jeito na Câmara, porque o prefeito pede”, disse. "Temos que manter a Casa independente e em consonância com a prefeitura”, acrescentou.
Segundo o vereador, tramita na PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Câmara Municipal, referente à aprovação do projeto que permite a reeleição do presidente da Câmara. "O presidente pode se reeleger, mas os prazos legais da própria Câmara não foram cumpridos”, destacou.
Presidente
O presidente da Câmara Municipal, Valter Moreno Panhossi (DEM), disse que não irá se recandidatar ao cargo, "caso aconteça alguma coisa”, até o dia da votação.
O vereador foi presidente do Poder Legislativo por duas vezes consecutivas e espera apoiar outros candidatos do grupo. "Se eles não se candidatarem, pode ser que isso mude”, afirmou.
Salário
O vereador Antônio Carlos Meirelles (PV), líder do prefeito na Câmara, afirmou que não disputará o pleito. "Sou servidor público e estou na ativa na Polícia Civil. Se eu assumir o cargo, vou ter que abrir mão de um salário (de vereador ou de servidor público) e isso não me interessa”, destacou.
Grupo
O vereador Valdir de Oliveira Mendes (PSDB), 1º suplente na Câmara Municipal, disse que não pretende concorrer ao cargo. "O Renan vai voltar. É a conversa que está rolando. Nunca tive pretensão de ser presidente da Câmara. Mas se continuar na Câmara até o dia da votação, irei votar em quem o grupo decidir. Tenho compromisso com o grupo”, ressaltou.
Já definido
O vereador Paulo Henrique Andrade (PPS) já definiu seu voto antecipadamente. "Meu voto é do Charles. Ia me candidatar, mas preferi apoiar ele, por causa de suas propostas”, disse.
Servidor público
O vereador Alexandre Scombatti (PR) também afirmou que não prefere abrir mão de seu salário como servidor público, para se candidatar à presidência da Câmara Municipal. "Nesse caso, teria que me afastar do cargo de servidor público. Isso me impede de exercer a presidência da Câmara. Ainda está cedo para definir isso.”, salientou.
Ousadia
O vereador Antônio Alves de Sousa, "Ribeirão” (Progressistas), disse que irá disputar, novamente, o cargo de presidente da Câmara. "Sou pré-candidato”, afirmou.
"Ribeirão” é vereador há 26 anos, e já assumiu a presidência da Câmara em três mandatos (seis anos). "Sem polemizar, mas um presidente da Câmara pode fazer mais do que está sendo feito hoje. Estamos há quatro anos com o mesmo presidente. Precisamos mudar”, ressaltou.
"Ribeirão” destacou que foi idealizador de diversos projetos na Câmara Municipal, como a instalação da TV Câmara, a implantação do estacionamento da Câmara Municipal, criação de leis que regulamentam despesas de viagens dos vereadores, entre outros. "Tenho mais experiência. Mas só experiência não basta. Tem que ter ousadia”, afirmou.
‘Preso’
O vereador Tiago Matias (PRP) descartou a possibilidade de se candidatar à presidência da Câmara. "Não vou me candidatar. O trabalho do presidente o deixa ‘preso’ ao gabinete. Prefiro realizar meu trabalho nas ruas, mais próximo da população”, ressaltou.
A reportagem entrou em contato com os vereadores Telma Tulim (PSDB), pastor Eliézer de Carvalho (PSDB), Osmídio Castilho (PSB), Amauri Mortágua (PR), Eduardo Edamitsu (PSD), capitão Neves (PV), "Ninha” Fresneda (MDB), e o secretário de Obras, licenciado do cargo, Renan Pontelli (PSB), mas não obteve retorno dos telefonemas.