Fotógrafo Reginaldo Manente ministra palestra aos alunos de jornalismo da FACCAT
07/11/2018 Toda a experiência do fotógrafo Reginaldo Manente, vencedor de quatro Prêmios Esso de fotografia, foi compartilhada aos alunos do 2º e 4º semestre de Jornalismo.
Pelo seu olhar atendo temos hoje o registro de fatos importantes da história do Brasil. A sensibilidade e as lentes do fotógrafo Reginaldo Manente eternizaram as expedições dos irmãos Villas-Bôas na Amazônia, os problemas da metrópole paulistana, as alegrias e tristezas do futebol, a inauguração de Brasília e os tempos difíceis da política brasileira durante o regime militar.
Toda a experiência do fotógrafo Reginaldo Manente, vencedor de quatro Prêmios Esso de fotografia, foi compartilhada aos alunos do 2º e 4º semestre de Jornalismo das Faculdades FACCAT, durante mais uma edição do Projeto Interfaces, no dia 31 de outubro. "A apresentação das principais fotografias e a explicação dos bastidores de cada imagem fizeram desse encontro um momento especial para os nossos alunos”, destacou o professor mestre Tiago Pettenuci, coordenador do Projeto Interfaces.
Nascido em 1934, Manente começou a fotografar aos 16 anos de idade como assistente de seu irmão, que trabalhava como fotógrafo do Palácio do Governo do Estado de São Paulo. Em 1952, estreou no jornal "O Esporte”, passou pela "Gazeta Esportiva” e depois ingressou no Grupo O Estado de São Paulo, onde permaneceu por 29 anos.
Manente foi o primeiro fotógrafo a enviar uma telefoto dentro do território brasileiro, durante a inauguração de Brasília, em 1960. Registrou o primeiro contato dos irmãos Villas-Bôas com os índios da Amazônia, transmitindo suas fotos via radiofoto diretamente da floresta, algo inovador até então. Esteve presente em quatro Copas do Mundo registrando lances que ficaram eternizados.
Dentre as suas fotografias mais famosas, Manente apresentou a imagem de 1982 do menino chorando na arquibancada do Estádio Sarriá (Barcelona) por causa da eliminação da seleção brasileira (imagem que lhe rendeu um Prêmio Esso), a visita do Papa João Paulo II e o jogo de despedida do rei Pelé na Vila Belmiro.
A foto que mais emociona Manente também foi vencedora do Prêmio Esso. Trata-se de uma criança no colo enxugando o rosto mãe que chora por ser despejada. "Esse foto me emociona bastante”, disse.
Durante o Projeto Interfaces, Reginaldo Manente explicou que o fotojornalismo deve registrar o diferente da cena e precisa ser ousado para não perder o momento. "É preciso ter sensibilidade e ver o que está em volta da cena que se pretende registrar”, comentou.
Para o aluno do 2º semestre do curso de Jornalismo, Adilson Junior, que também é fotógrafo, a aula de Reginaldo Manente foi um verdadeiro aprendizado para os estudantes. "Ele mostrou toda a sensibilidade e o domínio técnico ao registrar momentos marcantes de nossa história”, disse.
O aluno do 4º semestre de Jornalismo, Fabrício Lopes Ferrarezi Sertori, destacou que Reginaldo Manente é um fotógrafo renomado e suas fotos jornalísticas trazem uma técnica bem definida. "Com certeza, esse encontro contribuiu demais para o nosso desenvolvimento profissional”, comentou.
Projeto Interfaces
Interfaces é um projeto interdisciplinar do curso de Jornalismo que tem por objetivo promover estudos, discussões, reflexões e a prática jornalística. É desenvolvido por meio de encontros na sala da aula com profissionais de diversas áreas. Essas atividades buscam estabelecer uma conexão entre o conteúdo disciplinar e os processos de produção jornalística.
Para coordenador do Projeto Interfaces, professor Tiago Pettenuci, o desenvolvimento do projeto só é possível por causa do apoio de profissionais que são comprometidos com a formação dos alunos. "Quero agradecer o apoio do coordenador dos cursos de Comunicação, professor doutor Roberto Reis, da direção das Faculdades FACCAT, do aluno de Publicidade e Propaganda, João Witor (responsável pela arte visual do Projeto Interfaces) e do colunista social do Jornal Diário, Ditto, que intermediou esse encontro com o fotógrafo Reginaldo Manente”, disse.