HUM TUPÃ

Dos três médicos cubanos que atuavam em Tupã, apenas dois permanecem com contrato de trabalho e seguem atuando nas unidades de saúde do município, mas aguardam posicionamento do governo de Cuba para retornarem ao seu país. Há informações extraoficiais de que um deles teria se casado em Tupã, e pode pedir exílio político ao futuro presidente Jair Bolsonaro, que já antecipou que o concederá. O primeiro médico cubano, Neudys Mazorra chegou em Tupã no dia 14 de março de 2014, e foi apresentado à imprensa três dias depois pelo então prefeito Manoel Gaspar.

Mazorra atuava na Unidade de Saúde da Família Setor B "Miriam Roseli Benito Pimentel”, no Conjunto Habitacional " Antônio Pereira Gaspar”, mas seu contrato venceu o ano passado. Também não há detalhes sobre as providências que o município adotará para manter o atendimento das famílias contempladas pelas Unidades de Saúde onde os cubanos dão atendimento. A grande dificuldade dos municípios é convencer mesmo os médicos recém-formados a aceitarem trabalhar 8 horas diárias por um salário de pouco mais de R$ 10 mil. Nestas condições, os brasileiros optam por atendimentos em prontos socorros, clínicas, e em caso de atendimento aos municípios, sem cumprimento de carga horária. O Programa Unidade Saúde da Família também prevê visitas domiciliares. O CUBANO O cubano Neudys Mazorra deixou Tupã com 37 anos. Antes de atuar no Brasil, o profissional com 13 anos de experiência já havia trabalhado durante 4 anos na Venezuela e em missões médicas como no terremoto no Paquistão. O Programa Mais Médicos foi lançado em 2013 pela Presidente Dilma Rousseff, e fazia parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que previa mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para cidades com demanda dos profissionais. Programa Em julho de 2013, a então presidente Dilma Rousseff anunciou o programa Mais Médico que tem como objetivo suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. Foi firmado um acordo entre Brasil e Cuba via Opas viabilizando a mobilização de médicos cubanos para atuar no Sistema Único de Saúde brasileiro. Após discordar com as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre o programa, o governo de Cuba anunciou na semana passada a saída dos médicos do programa. Em nota, o Ministério da Saúde Pública de Cuba afirmou que Bolsonaro fez referências "diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos". Em sua conta no Twitter, Bolsonaro respondeu que Cuba não aceitou as mudanças propostas para o programa. "Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou", publicou na rede social. O Ministério da Saúde abriu edital para repor as vagas deixadas pelos cubanos. As inscrições podem ser feitas até o próximo domingo (25). O programa convoca médicos formados em instituições de ensino superior brasileiras ou que tenham diploma revalidado no Brasil. Outros pré-requisitos são não ter participado do Mais Médicos anteriormente, não ser participante de algum programa de residência médica, não estar prestando Serviço Militar Obrigatório e não ter pendências criminais no Brasil.

Redação Jota Neves/Com informações do Portal R7

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