Prefeito de Tupã decreta estado de emergência após fortes chuvas

O prefeito de Tupã (SP) Manoel Gaspar decretou nesta quinta-feira (25) situação de emergência na cidade por conta dos estragos causados pelas chuvas dos meses de janeiro e fevereiro. A chuva registrada na noite da última terça-feira (23) provocaram inúmeros estragos na cidade e zona rural. O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, José Rodrigues, o "Zé Vinagre" informou que as chuvas têm provocado diversos estragos zona rural e contabilizado enormes prejuízos aos produtores rurais. "Devido às últimas chuvas constatamos o surgimento de diversas crateras aberta no meio ambiente, estragando propriedades. Na estrada do Sabiá estamos com umas crateras muito grandes e as estradas já não estão dando mais passagem. Em Parnaso a força das águas derrubou seringueiras, dando prejuízo aos proprietários". lembra. Zé Vinagre informou também as chuvas degradaram o meio ambiente em diversas regiões da cidade e devido à inconstância do tempo a prefeitura não tem condições de iniciar os reparos. "Tupã vem sendo muito castigada pelas chuvas, por isso, eu acho que o prefeito fez isso em boa hora. Ao decretar estado de emergência teremos mais agilidade para acudir os proprietários rurais que estão isolados ou que não estão conseguindo que comercializar e entregar seus produtos", afirmou.

CHUVAS O presidente da Defesa Civil Municipal, Valentim Bigeschi, que também é arquiteto da Secretaria Municipal de Planejamento, revelou que na noite de terça os índices pluviométricos, que medem a quantidade de chuva que cai na cidade, registrou de 80 a 120 milímetros de chuva em vários setores da cidade. "Essa chuva caiu com intensidade diferenciada naturalmente em toda área urbana e rural do município. Ainda na terça-feira havíamos informado a Defesa Civil do Estado sobre a previsão de uma chuva atípica em Tupã e agora devemos encaminhar para eles um relatório da Defesa Civil Municipal para que eles possam analisar como poderão auxiliar Tupã". Valentim informou ainda que após o encaminhamento do relatório da Defesa Civil tem início outras etapa, que é buscar a liberação de recursos para as obras necessárias. Uma das obras prioritárias, segundo o arquiteto, é melhoria do sistema de captação e escoamento de água no conjunto habitacional "José Feliciano", onde várias casas foram alagadas com a chuva desta terça-feira. Moradores fizeram protestos e o prefeito Manoel Gaspar esteve no local para verificar os estragos. Ele também apontou a necessidade de melhorias no viaduto da Vila Inglesa que é considerado um problema crônico que já persiste há vários anos. Ele explicou que as antigas galerias existentes no local já não suportam o volume de água que á captado nas chuvas. "Ali existe um problema é iminente, que é risco de vir a ruir. E ruindo ali, vai para terra, tornando a situação mais crítica. E decretando o estágio de emergência o prefeito vai poder chegar ao governo do Estado e pleitear novos recursos para tentar amenizar a situação no município de Tupã. LOCAIS AFETADOS O secretário municipal de Obras, Danilo Aguillar, também apontou vários locais bem danificados com as últimas chuvas, como a do Chaparral nas proximidades do ferro velho Bernardino, em direção ao município de Herculândia, passando pelo Asilo de Idosos da Assembléia de Deus. Outro local de risco, segundo Danilo é a cabeceira da ponte que liga Tupã ao município de Arco-Íris, que também já foi levada pelas águas. Danilo também citou a via não pavimentada paralela à rodovia SP-294, cujo tráfego está interrompido já que as chuvas destruíram uma tubulação que atravessa a via. Segundo o secretário de Obras outro local que com graves danos é a ponte de concreto existente na estrada que liga ao Termas, que está ameaçada pela erosão que surgiu na cabeceira da passagem de água. Para Danilo, além de castigar e dar prejuízos à população as fortes chuvas também são prejudiciais por destruir reparos que já vinha sendo executados pela prefeitura, o que eleva consideravelmente os recursos necessários para trazer a cidade novamente à normalidade. Já o prefeito Manoel Gaspar lembrou que os danos causados pelas chuvas vêm sendo registrados desde o final do ano passado e se agravaram consideravelmente nesta semana. Ele afirmou também que apesar do empenho da prefeitura em agilizar os reparos necessários, a morosidade causada pela burocracia impede a administração municipal de dar atenção a toda demanda da população. O chefe do Executivo destacou ainda que ao decretar estado de emergência e encaminhar o relatório da Defesa Civil o governo estadual destinará uma equipe para averiguar as nossas necessidades. "Se o Governo do Estado concordar com a situação de emergência no município vamos poder reivindicar as obras mais prioritárias. Isso não quer dizer que Governo do Estado vai nos atender, mas amplia nossas possibilidades", afirmou Gaspar também agradeceu os servidores municipais, que estão se desdobrando para minimizar os estragos e pediu a colaboração da população, evitando a destinação indevida de lixo ou entulhos, o que sempre tem agravado os casos de alagamento. "Vocês vão verificar alguns lugares inundados, verificar os bueiros e as bocas de lobo e vão perceber quanto lixo têm na rua, quantas garrafas têm na rua. E quem é que joga esse lixo na rua? Quem é que joga essa garrafa na rua? Elas não vem do céu, alguém jogou, e isso todo mundo sabe que uma hora vai entupir as galerias causando inundações e prejuízos. Aí quem é culpado? A prefeitura? A Prefeitura não joga lixo na rua, ela só cata lixo", afirmou Gaspar anunciou ainda que com a decretação do estado de emergência, as secretarias municipais de Obras, de Agricultura e Meio Ambiente voltarão a funcionar no horário normal, cumprindo expediente das 8h às 17h. "A partir do momento em que estamos em estado de emergência, nós temos que acudir a cidade como um todo. Então essas secretaria vão passar a trabalhar agora no horário normal com objetivo de atender melhor a população, principalmente aqueles que foram prejudicados coma s fortes chuvas", conclui o chefe do executivo.

Redação Folha do Povo