Santa catarina

A conquista do deca Brasileirão pelo time do Palmeiras fez Marcos Paulo Costa Viale, Cônsul do Palmeiras em Tupã, prestar uma homenagem ao time. Marcos prometeu tatuar o escudo estilizado do time se o Palmeiras conquistasse o disputado título do Brasileirão 2018. Com uma campanha impecável e acumulando 80 pontos, Marcos logo procurou um amigo tatuador, também palmeirense, para honrar a palavra. A sessão foi registrada pela equipe de reportagem do TupaCity.

Paixão gravada na pele do palmeirense Marcos Paulo.
Paixão gravada na pele do palmeirense Marcos Paulo.
Durante a sessão, o torcedor revelou algumas loucuras já realizadas ao longo dos seus 44 anos. Marcos já foi membro de torcida organizada, viajou o Brasil e a América do Sul atrás do time, já tatuou o mascote do Palmeiras, pintou o cabelo e o bigode de verdes em homenagem ao time e ainda coleciona itens como copos, camisetas e até canhotos de ingressos dos jogos. "Quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil em 2012, o Valdivia comemorou um gol fazendo o sinal do bigode, em homenagem ao ‘professor Felipão’ e eu prometi que se o Palmeiras ganhasse o campeonato eu deixaria o bigode e o cabelo crescer e pintaria de verde. Promessa é dívida! O Palmeiras foi campeão e eu fiquei uma semana com os cabelos e o bigode verde, andando na rua e indo trabalhar normalmente (risos). O mais engraçado foi a reação dos meus filhos que se divertem muito com as loucuras”, relembra.
Paixão pelo Palmeiras passada por gerações.
Até na hora do casamento, o amor ao Palmeiras prevaleceu. Marcos, além de customizar as solas do sapato com o símbolo do Palmeiras, também entrou na igreja ao som do hino do time para dizer "sim” a também palmeirense Patrícia Bertoli Viale, com quem é casado há 12 anos e tem três filhos, Luiza Bertoli Viale, de 8 anos e os gêmeos Pietro Bertoli Viale e Lucca Bertoli Viale de 4 anos. "Ela sabe de todas as minhas loucuras pelo Palmeiras e já compartilhou de algumas. Só em viagens para assistir os jogos devo ter investido alguns bons mil reais (risos). Em camisas e itens de coleção, também tenho alguns mil investidos e a minha mulher me apoia porque ela, como palmeirense, sabe e entende esse amor pelo time”, brinca. "Até os nossos filhos são apaixonados pelo Palmeiras. Eu me preocupo, porque tenho medo que eles se exponham como eu já fiz, mas no fundo sinto muito orgulho por esse amor que eles têm ao Palmeiras, mesmo sendo tão pequenos. É emocionante para qualquer pai ver os filhos trilhando os mesmos passos, eu não ligo muito para isso, só queria que eles fossem palmeirenses também (risos) e acho que estou dando um bom exemplo quanto a isso”, brincou.
Tatuagem O amor pelo Palmeiras parece não ter limites mesmo, uma vez que até para realizar a homenagem, o tatuador precisava ser palmeirense. "Esse amor e cuidado faz parte. Sou apaixonado pelo meu time e sei que só outro palmeirense iria entender e honrar essa homenagem junto comigo, por isso procurei meu amigo Marcelo para me ajudar”, revelou.
Paixão pelo Palmeiras gravada na pele.
Marcelo Yano, 33 anos, pai do Benício Cabrini Yano de 5 anos e tatuador, também é membro do Consulado do Palmeiras em Tupã e colecionador de camisas do time. Segundo ele, a coleção, da qual ele começou a reunir há cerca de quatro anos, junto com as conquistas do Palmeiras, já conta com mais de 80 peças, sendo duas camisas as preferidas pelo tatuador. "O objetivo era apenas comprar as camisas e usar, no entanto, acabei reunindo memórias do Palmeiras, das quais compartilho hoje com meu filho e fico muito feliz porque ele adora e vibra toda vez que trago uma camisa nova para casa. O mais gostoso disso tudo é que esse amor e carinho pelo time eu compartilhei com meu pai e hoje com meu filho. Atualmente temos 88 peças, sendo duas muito especiais que é a autografa pelo Marcos, que foi um grande ídolo da torcida palmeirense, e uma outra autografada pelo Fernando Prass, também goleiro do time, que consegui através do Rodrigo Raymundo, amigo e colecionador também, que foi a um evento onde estava o jogador e levou a minha camisa para autografar. Essas são as duas que ele e eu mais gostamos”, relembra.
Marcelo com o filho mostram orgulhosos a coleção de camisas.
Yano também comentou algumas loucuras que já fez pelo time, tudo com o pequeno Benício do lado. "Ele também é apaixonado pelo Palmeiras. Já fui em diversos jogos, mas nada se compara aos que levo ele comigo. Quando saiu da maternidade ele já estava vestido com a roupinha do time. Já fiz aniversário com o tema do Palmeiras para ele, até entrar no campo com os jogadores ele já entrou e é esse meu objetivo, não só ser um colecionador de camisas e sim de memórias”, contou em risos.
Outro colecionador de memórias é o Rodrigo Raymundo. Advogado, 41 anos, que atualmente gerencia a empresa com a família, é também um colecionador de camisas do Palmeiras. "A minha primeira lembrança do Palmeiras não foi muito boa, foi em 1986 onde o Palmeiras perdeu para a Inter de Limeira. Mas como torcer pelo Palmeiras já está no sangue da minha família, nem por isso o amor pelo time se apagou. Em 1993 foi o primeiro título que vi e foi uma festa linda e até hoje isso me emociona”, conta.
Rodrigo Raymundo ao lado do ídolo palmeirense Ademir da Guia.
Rodrigo conta com um arsenal de mais de 200 peças entre camisas, agasalhos, bonés, canecas e outros itens do Palmeiras. "Colecionar é um grande vicio, ainda mais quando o grande vicio é o Palmeiras (risos). O custo é alto, mas vale a pena. Tem camisas de valores inestimáveis, sendo uma que ganhei do meu pai e outra, em especial, que é de 1974 e que hoje é autografada pelos ídolos Cesar Maluco e Ademir da Guia, ou seja, colecionar camisas é meu grande prazer”, contou.
Rodrigo conta com um arsenal de mais de 200 peças do Palmeiras.
Emocionado ele ainda ressalta o amor pelo time passado por gerações em sua família e destaca que pretende incentivar o filho, o pequeno Pedro Antônio de 1 ano, a seguir a tradição da família. "Eu brinco q nosso legado é torcer pelo Palmeiras. Meu pai me deu como herança da família o amor pelo time, mas para o meu filho eu vou deixar também a minha coleção. Espero que ele cuide tão bem quanto eu (risos)”, finalizou.
Rodrigo com o filho Pedro Antônio de 1 ano.
Consulado do Palmeiras em Tupã Todas essas histórias além do amor pelo time, tem também em comum o Consulado do Palmeiras existente em Tupã. Esses amigos além de se reunirem para assistir jogos e comemorar vitórias, também se reúnem todo mês para praticar o bem ao próximo. A história começou com um grupo de WhatsApp, e como o grupo foi crescendo, eles tiveram a ideia de montar um outro perfil somente com os membros mais participantes do encontro. Hoje são cerca de 60 membros do consulado em Tupã. "Nosso objetivo como membros não é só honrar nosso time, como também promover algumas ações solidárias que o Palmeiras já realiza. O gruo só deu certo porque é formado por pessoas com o mesmo ideal, pessoas que só precisavam de um motivo para se juntar e fazer o bem para quem precisa. Na páscoa, por exemplo, fizemos a campanha do ‘Porquinho de Páscoa’, onde distribuímos cerca de 150 ovos de chocolate para crianças carentes da cidade e tudo isso supervisionado pelo Departamento do Interior da Sociedade Esportiva Palmeiras”, contou. Segundo Marcos Paulo Costa Viale, o grupo tupãense se destaca em não só organizar encontros com torcedores, como também promover o Palmeiras em ações sociais na cidade. "Desde o surgimento do Consulado em Tupã, já realizamos diversas campanhas, entre elas doações de alimentos, roupas, reforma de casa, campanha de doação de sangue e muitas outras. Com a chegada do Natal, já estamos organizando uma nova campanha, junto com o Palmeiras, para tornar essa data mais significativa e marcante para algumas famílias que realmente necessitam”, ressalta. Para finalizar, Marcos ainda explica como se tornar um membro do Consulado do Palmeiras em Tupã e cita algumas obrigações para os interessados. "O Consulado não conta com critérios para se tornar um membro, mas é claro, o interessado tem que ser Palmeirense apaixonado. Nosso objetivo é levar o nome Palmeiras em causas sociais que o clube já apoia. Não é só dar o presente, é fazer com que a família se sinta presenteada, é isso que gostamos de passar ao próximo” completou.

Redação e Fotos TupaCity.com e Arquivos Pessoais

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