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Tupã está entre os 504 municípios brasileiros e entre as 42 cidades do Estado de São Paulo que apresentam risco de surto para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, incluindo dengue, zika e chikungunya. Essa é a constatação do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que mede o índice de infestação do mosquito, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados, em Tupã, o índice de infestação é atualmente de 5,8, considerado extremamente alto. Para se ter uma idéia, as cidades que apresentam índice de infestação abaixo de 1 são consideradas em situação satisfatória. Os municípios que têm índice de infestação entre 1% e 3,9% estão em situação de alerta. Já as localidades que registram índice de infestação acima de 4, que é o caso de Tupã, estão em situação de risco de surto destas doenças. Segundo o Ministério da Saúde, das 5.358 cidades brasileiras que realizam algum tipo de monitoramento do mosquito, 2.628 apresentam índices considerados satisfatórios, 1.881 estão em situação de alerta, enquanto 504 estão em situação de risco para surto, como Tupã. No Estado de São Paulo, 388 municípios estão em situação satisfatória e outros cinco municípios utilizaram armadilha, metodologia utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente. Os dados também revelam 208 cidades paulistas em situação de alerta e 42 em risco de surto das doenças, incluindo Tupã. Se a inclusão na relação nacional e estadual dos municípios que estão em risco de surto para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti já é preocupante, a análise da situação a nível de região comprova a gravidade do nível de infestação do mosquito em Tupã. Segundo os dados do Ministério da Saúde, entre as 13 cidades mais próximas de Tupã, apenas duas são consideradas satisfatórias, incluindo Bastos (índice 0) e Dracena (0,9). Outras 11 cidades estão em situação de alerta, incluindo Adamantina (3), Herculândia (2,3), Iacri (3,2), Osvaldo Cruz (2,6), Paraguaçu Paulista (2,9), Parapuã (2,1), Pompéia (1,2), Quatá (1,5), Queiroz (1), Quintana (3,5) e Rinópolis (1,5). Tupã, é portando, a única cidade da microrregião a ser considerada de risco para novos surtos. O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.

Ações preventivas não estão sendo eficazes no combate ao Aedes aegypti
Dados Epidemiológicos No caso da Dengue, dados do ministério apontam que até 3 de dezembro foram notificados 241.664 casos de dengue em todo o país – um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (232.372 casos). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em relação ao número de óbitos causados pela doença, a queda é de 19,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 176 mortes em 2017 para 142 neste ano. No mesmo período, foram notificados 84.294 casos de chikungunya no Brasil – uma redução de 54% em relação ao mesmo período de 2017 (184.344 casos). A taxa de incidência da doença é de 40,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em relação ao número de óbitos, a queda é de 81,6% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 191 mortes em 2017 para 35 neste ano. Os números mostram ainda que, até 3 de dezembro, foram notificados 8.024 casos de zika em todo o país – uma redução de 53% em relação ao mesmo período de 2017 (17.025 casos). A taxa de incidência é de 3,8 casos para cada 100 mil habitantes. Este ano, foram registrados quatro óbitos causados pelo vírus Zika.

Redação Folha do Povo

HUM TUPÃ

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