Crianças expostas à sífilis já podem ser acompanhadas em Tupã
28/02/2019
Pacientes precisavam se deslocar à Marília mensalmente para acompanhamento
O Ambulatório de Moléstias Infecciosas (IST/Aids) iniciou nesta quinta-feira (28) o trabalho de acompanhamento de crianças expostas à sífilis durante a gestação. Chamada de "sífilis congênita”, por ser transmitida de mãe para filho, a doença pode trazer graves riscos à formação da criança. Até então, Tupã não possuía o serviço, fazendo com que os pacientes precisassem se deslocar à Marília. Com a mudança de prédio do ambulatório e readequação dos locais de atendimento, tem sido possível que este e outros trabalhos possam ser feitos no próprio município. De acordo com a coordenadora do Ambulatório, Anaille Genovez Michelotti, os pacientes terão mais conforto. "Um dos motivos da mudança de prédio também foi podermos oferecer mais tipos de exames e acompanhamentos, como o de crianças expostas à sífilis, já que o antigo ambulatório não nos dava condições”, explicou. O acompanhamento, que ocorre de maneira mensal e pode durar em média dois anos, será feito por uma equipe multidisciplinar, com dois pediatras, Dra. Camila Gonçalves e Dr. Otávio Shaefer, médico infectologista, Dr. Douglas Batista e duas enfermeiras, Anaille Michelotti e Mirian Dias. Atualmente em Tupã, três crianças são acompanhadas. Marcando o início dos trabalhos, o Prefeito Ricardo Raymundo, a secretária municipal de Saúde, Célia Zeferino, o vereador capitão Neves, funcionários da secretaria municipal de Saúde e membros do Conselho Municipal de Saúde, estiveram presentes no ambulatório. O vereador ressaltou a importância do acompanhamento da doença ser feito em Tupã. "É muito bom saber que agora essas crianças não vão precisar se deslocar à Marília para serem acompanhadas. Parabenizo toda a equipe que tem muito amor pelo que faz e que está interessada em melhorar cada vez mais nossa saúde pública”. A secretária municipal de Saúde agradeceu o prefeito por oferecer condições para que a população tenha mais qualidade de atendimento. "Quando solicitamos ao prefeito um novo espaço para o Ambulatório de Moléstias, ele prontamente atendeu aos pedidos, entendendo sua necessidade. Agora temos um espaço confortável para novos exames e acompanhamento. Tenho certeza que toda a equipe e os pacientes agradecem”, disse. Já o prefeito Ricardo Raymundo ressaltou que a gestão atual quer continuar trabalhando para que a população tenha cada vez mais qualidade de atendimento. "Fico muito feliz em ver todo o empenho e organização da equipe do ambulatório para receber essas crianças que precisam de cuidados. É nosso dever possibilitar isso e queremos investir sempre mais nessa qualidade de atendimento. Parabéns a todos pela dedicação e carinho que atendem os pacientes”, finalizou. Sífilis congênita É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença. A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal. O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Assessoria
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