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O município de Tupã já soma 3.503 casos notificados de dengue em 2019. A epidemia é considerada histórica, já que desde 2015, não se viam tantos casos da doença. Também foram confirmados seis óbitos em decorrência de complicações por dengue e um outro casos aguarda confirmação. A prefeitura, ainda não decretou estado de emergência. Na região, cerca de dez cidades já fizeram o decreto: Araras, Bauru, Votuporanga, Agudos, Bernardino de Campos, Matão, Andradina, Borborema e São João da Boa Vista e Paraguaçu Paulista. Esta última cidade, decretou emergência no mês de fevereiro, quando ainda havia 145 casos. A cidade, que possui 45 mil habitantes, temia nova epidemia, pois também em 2015, mais de 4,5 mil pessoas infectadas. No entanto, em Tupã, com mais de 3 mil casos, ainda não foi decretada situação de emergência. Atualmente, apenas a UPA oferece atendimento espontâneo aos pacientes, que chegam a esperar horas por atendimento, fazendo com que a unidade, sofra com a superlotação. As unidades de saúde também estão aptas para o atendimento, no entanto, a UPA continua sendo o local mais procurado pela população. Ao decretar emergência, a Prefeitura pode, por exemplo, comprar equipamentos de forma mais rápida, sem processo licitatório, puxar funcionários de outras áreas sem caracterizar desvio de função e facilitar diversas outras medidas que poderiam ser eficazes no combate à doença. A campanha desenvolvida pela Prefeitura "Perder para o mosquito é o fim da picada”, percorreu diversos bairros, removendo lixo, focos de proliferação do mosquito e orientando os moradores. No entanto, surtiu pouco efeito, já que os casos de dengue continuam se multiplicando. O controle da doença também esbarra na falta de compromisso de muitos moradores que, mesmo alertados dos perigos da dengue e importância das precauções, mantêm seus quintais sujos. Os agentes visitam e limpam os locais e, quando voltam, poucos dias depois, os encontram novamente sujo. O outro lado De acordo com a prefeitura, para tentar conter a proliferação do mosquito e impedir a doença, a Secretaria Municipal de Saúde tem feito os seguintes trabalhos: "Intensificação de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e endemias casa à casa, percorrendo toda cidade de segunda a sábado; Visitas no três distritos com ações dos agentes de endemias para eliminação de criadouros; Nebulização realizada desde janeiro todos os dias, até a falta de fornecimento do Inseticida pelo Estado; Município adquiriu kits para sorologia de Dengue, mesmo sendo uma obrigatoriedade do Estado; Laboratório até às 22:00 para realização de exames com maior agilidade; Reforço Policial quando necessário em casos de recusa e detectado fatores de riscos nas residências; Atuação da Vigilância Sanitária com Auto de Infração e Multa; Trabalhos aos sábados desde 23/03 com a Campanha Perder para um Mosquito é o fim da Picada; Contratação de funcionários para UPA; Abertura do concurso para Agentes de Endemias; Vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais; Acompanhamento semanal no Córrego Afonso 13 com uso de larvicida quando necessário; Acompanhamento dos pacientes classificados do grupo B com hemogramas para verificar sinais de alerta; trabalhos diários e intensificações nas ocorrências através de denúncias; Equipes de Saúde preparadas para atendimento e acolhimento de todo paciente suspeito ou com diagnóstico para Dengue”. Números Os casos de dengue notificados em Tupã são os maiores de toda a história do município desde 2015, quando 2.393 foram atingidas pelo mosquito e outras sete morreram por complicações. Desde aquele ano, a cidade não registrava mortes causadas pela doença, apesar da ocorrência de casos positivos de dengue nos anos seguintes: 714 em 2016, 234 em 2017 e 173 no ano passado.

Pacientes enfrentam superlotação na UPA

Redação Tupacity.com / Foto: Redes Sociais

Santa catarina

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