População se oferece para comprar inseticida e prefeitura se pronuncia sobre uso do produto
27/05/2019 Secretaria de Saúde disse que o município não é autorizado a efetuar a compra de inseticidas e que somente o fornecido pelo Estado pode ser utilizado.
Diversas cidades têm registrados números históricos de casos de dengue e mortes em decorrência da doença em 2019. O município de Tupã, até a última sexta-feira (24) havia notificado 3.722 casos da doença. Além disso, cinco pessoas já morreram por complicações.
Desde meados do mês de março, o combate ao mosquito Aedes aegypti por meio do "fumacê" foi interrompido pelo Ministério da Saúde. Em nota, o Ministério informou que estaria passando por um desabastecimento do produto, em decorrência de problemas com a formulação da empresa, que causou vazamento das embalagens, impossibilitando o uso.
A falta do inseticida e o crescente número de pessoas acometidas pela doença, chamou atenção dos moradores e muitos até mesmo se mobilizaram para oferecer auxílio ao município na compra do produto e maquinários necessários para a nebulização.
No entanto, neste fim de semana, a prefeitura divulgou uma nota da SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias, por meio da regional de Marília, emitida no mês de fevereiro, alertando sobre os riscos da utilização de inseticidas que não autorizados pela autarquia. Apenas o produto fornecido pelo Ministério da Saúde pode ser nebulizado.
Conforme a nota da Sucen, "esta situação tem sido constatada em alguns municípios através de contatos de rotina, não havendo qualquer pré consulta e/ou solicitação de orientação técnica por parte do poder público municipal".
Produto continua em falta
A Secretaria Municipal de Saúde reforçou que o município não é autorizado a efetuar a compra de inseticidas. "Sabemos que existe muita boa vontade da população e até mesmo de empresários em querer colaborar", disse a enfermeira responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, Joselaine Pio Rocha.
A previsão do Ministério da Saúde era de que até este mês de maio, o problema seria solucionado e o produto, seria novamente entregue aos municípios. No entanto, ainda conforme a Secretaria de Saúde, nenhuma notificação sobre a previsão deste fornecimento foi feita até o momento.