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Pelo menos seis pacientes atendidos pela Santa Casa de Tupã ainda não entraram na fila de espera para transplante de rim, por não conseguirem realizar o exame uretrocistografia miccional, até então oferecido gratuitamente pelo governo estadual. "Os pacientes ainda não podem realizar o transplante porque estão esperando por esse exame”, afirmou a psicóloga da Artap (Associação dos Renais Crônicos e Transplantados da Alta Paulista), Mara Bauer. Segundo a Artap, os exames eram realizados pelo AME (Ambulatório Médico de Especialidades), mas deixaram de ser oferecidos aos pacientes há cerca de cinco meses. O exame avalia o tamanho e a forma da bexiga e da uretra, canal por onde sai a urina. O exame também pode ser indicado em casos de suspeita de obstrução da uretra ou dilatação dos rins (hidronefrose). A psicóloga enfatizou que, somente com o resultado desse exame, é possível encaminhar os pacientes para a lista de espera do transplante. "O exame é realizado apenas uma vez, para saber o estado de saúde do paciente”, afirmou. O exame custa cerca de R$ 180,00, a baixo custo. Vale lembrar que a maioria dos pacientes atendidos pela Artap são de baixa renda e não tem condições de pagar as despesas com esses exames. "Neste ano, não conseguimos a realização desse exame pelo Estado”, destacou a psicóloga. Mara explicou que, apesar das dificuldades, os pacientes atendidos pela Artap permanecem à espera desses exames, para entrar na fila de inscrição e tentar o transplante. "Eles têm que ir para Marília, apresentar esses exames e se inscrever para o transplante. Esse é um dos pré-requisitos para fazer o transplante renal”, ressaltou. Em Tupã, 118 pacientes realizam sessões de hemodiálise na Santa Casa e 16 executam a diálise peritonial em suas residências. As sessões de he-modiálise ocorrem três vezes por semana no hospital. Os pacientes recebem acompanhamento da Artap, com entrega de cestas básicas e medicamentos, entre outros produtos para auxiliar no tratamento. Secretaria estadual Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde destacou que o AME não é referência para a realização do exame. "O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília está analisando tecnicamente com gestores regionais medidas para ofertá-lo em serviços de referência”, afirmou. A Secretaria Estadual de Saúde explicou que os pacientes da região, com indicação do exame, são agendados pelos próprios municípios, via Cross (Central de Regulação de Oferta e Serviços de Saúde). "Os casos mais graves e urgentes são priorizados, seguindo as diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde)”, salientou. Cabe ressaltar que até o momento, os pacientes não foram encaminhados para realização do exame pelo município, ou pelo Estado.

Por falta de exame, pacientes não conseguem transplante de rim em Tupã

Diário de Tupã

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