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Alunos que estudam em instituições de nível superior já sentem no bolso o retorno da cobrança dos passes de circular, que antes eram entregues gratuitamente. Segundo um aluno ouvido pela reportagem, os passes eram entregues, gratuitamente, na Secretaria Municipal de Educação, a alunos de todos os níveis de ensino. "Eles disseram que os passes gratuitos davam para atender a todos (fundamental, médio e superior), mas que estava em cima (no limite)”, afirmou. O aluno disse que funcionários da Secretaria de Educação solicitavam uma rápida retirada dos passes, para não faltar aos alunos de nível superior. "Eles pediam para retirar (os passes) sempre no primeiro dia que eles liberavam, que era no dia 30, pois corria o risco de acabar”, afirmou. O aluno destacou que, agora, os passes gratuitos serão oferecidos aos alunos dos ensinos médio e fundamental. "Mas, o que eles vão fazer agora com esses passes que sobram? ", indagou. O aluno que iniciou os estudos técnicos neste ano, disse que nunca foi cobrado pelo pagamento das passagens. "Eram entregues de graça”, afirmou. Uma aluna que também preferiu não se identificar, já fez as contas do quanto terá que gastar para estudar. "Eles estão cobrando R$ 1,50. Vai ficar R$ 60,00 por mês”, disse. A aluna, já realizou outros cursos técnicos na instituição onde estuda, mas disse que nunca pagou pelos passes escolares. Empresa A empresa TransVLP protocolou na tarde de ontem documento na Câmara Municipal e na prefeitura, onde informou a ilegalidade na distribuição dos passes escolares gratuitos. Segundo a empresa, em outro documento protocolado no dia 28 de maio (data em que o ex-prefeito José Ricardo Raymundo foi cassado), foi identificada a entrega gratuita dos passes escolares para estudantes universitários, o que causou prejuízo de R$ 6.421,00, no período de fevereiro a maio de 2019. "Salientamos que a gratuidade escolar, conforme contrato celebrado entre as partes, TransVLP e Prefeitura Municipal de Tupã, é restrita aos estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio. Os demais estudantes têm o desconto de 50% no valor da tarifa vigente”, afirmou. "Conforme fato ocorrido, agravou o equilíbrio financeiro da empresa, trazendo enormes prejuízos financeiros e operacionais. Diante disto, poderá ocorrer paralisação operacional”, acrescentou. Para agravar ainda mais a situação, a empresa disse que identificou alunos de ensino profissionalizante, cursos técnicos, de idiomas, cursinhos pré-vestibulares, entre outros, utilizando passes gratuitos. A empresa explicou que, depois de apurar o resultado no impacto financeiro e operacional, irá protocolar novo ofício para informar o prejuízo econômico. "A distribuição dos passes escolares deverá seguir cláusulas contratuais (...)”, afirmou. "(...) no caso de não cumprimento tomaremos as medidas cabíveis”, completou.

Jornal Diário

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