De sete cidades da região, Tupã tem o etanol mais caro de todos

Tupã tem o preço médio do etanol mais caro da região, entre sete cidades pesquisadas. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a diferença entre o preço médio do litro do etanol, praticado pelos postos de combustíveis em Tupã, é R$ 0,31 mais caro em relação ao município com a média de preços mais barata. Tupã é também o município que apresenta o maior reajuste, na comparação com o preço médio do produto adquirido pela distribuidora e repassado ao consumidor final. Segundo a ANP, o litro do etanol sai da distribuidora e chega às bombas dos postos de combustíveis em Tupã com um acréscimo de R$ 0,49, equivalente a 21,49%. Em Dracena, o litro do etanol custa em média R$ 2,60. O litro médio adquirido nas distribuidoras é de R$ 2,20. O aumento repassado ao consumidor final é de R$ 0,40, igual a 18,18%. Em Presidente Prudente, o valor médio do litro médio do etanol custa R$ 2,67. Ele é adquirido pelo preço médio de R$ 2,29 das distribuidoras. O lucro aplicado é de R$ 0,38, ou 16,59%. Em Garça, o litro médio do etanol custa R$ 2,62. O litro do produto, que é adquirido nas distribuidoras, sai em média por R$ 2,21, com aplicação de R$ 0,41, equivalente a 15,64%. Em Marília, o litro médio adquirido nas distribuidoras é de R$ 2,29. O litro do produto sofre acréscimo de R$ 0,31 e chega às bombas dos postos de combustíveis com preço médio de R$ 2,60, uma pequena rentabilidade de 13,53%. Em Bauru, o litro médio do produto repassado pelas distribuidoras é de R$ 2,23. O litro tem acréscimo de R$ 0,27 e chega às bombas com média de R$ 2,50, o equivalente a 12,10%. Adamantina tem o preço do etanol mais barato entre as cidades pesquisadas. Em média, o litro do produto custa R$ 2,46. O preço na distribuidora custa em média R$ 2,26. O valor repassado ao consumidor final é de R$ 0,24, com rentabilidade de 10,81%. Mercado Segundo dados do Cepea, as cotações dos etanóis hidratado e anidro voltaram a cair em São Paulo. Entre 10 e 14 de junho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 1,6175/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), recuo de 1,89% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,8590/litro (sem PIS/Cofins), baixa de 2,07% no mesmo período. A presença de algumas distribuidoras no mercado esteve aquém da expectativa de alguns agentes, que esperavam demanda ainda maior por conta da proximidade do feriado de 20 de junho ("Corpus Christi”). Do lado vendedor, mais usinas estiveram ativas na última semana. De acordo com a Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), o avanço da política nacional de biocombustíveis, RenovaBio, gera perspectiva de retomada dos investimentos do setor e de ampliação da produção de etanol, o que não ocorre há mais de uma década. Segundo a Unica, a produção do biocombustível no País segue batendo recordes mensais mesmo com a vigência do RenovaBio prevista para 2020. Previsão Para as próximas semanas, a previsão é de estabilidade nos preços, considerando que a safra de cana está no auge da colheita, em todas as regiões. Mesmo com um pequeno recuo na área plantada, existe a expectativa de uma produção equivalente ao ano passado.

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