Malha ferroviária: reativação continua esperando aprovação do TCU
28/06/2019
O processo continua em análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Anunciada no ano de 2017, a reativação da malha ferroviária, no trecho de 350 quilômetros entre os municípios de Bauru a Panorama, aguarda há cerca de dois anos pela renovação antecipada do contrato de concessão da Malha Paulista. O processo continua em análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A empresa Rumo Logística explicou, através de nota encaminhada ao DIÁRIO, que a renovação antecipada dos contratos de concessão seria a melhor alternativa para garantir investimentos constantes e com benefícios perenes no modal ferroviário. "A prorrogação da Malha Paulista até 2058 viabilizará R$ 6 bilhões em investimentos, elevando a capacidade de transporte entre Rondonópolis (MT) e Santos (SP) das atuais 30 milhões de toneladas por ano para 75 milhões de toneladas por ano. Ou seja, o crescimento da capacidade será de 150%”, afirmou. Segundo a Rumo Logística, o aporte da renovação será direcionado a duplicações de trechos, modernização das vias, ampliações de pátios e obras diversas que reduzirão os impactos urbanos nas cidades por onde os trilhos passam. "Também serão reativados dois importantes ramais no Estado de São Paulo: o Pradópolis/Barretos/Colômbia, e o Bauru/Tupã/Panorama”, salientou. Enquanto isso, o trecho da linha férrea que passa por Tupã continua se deteriorando. Na verdade, pouca gente hoje acredita que haverá a retomada do transporte ferroviário na região. Posicionamentos A Ferrofrente (Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias) já se posicionou explicando que as atuais concessões de ferrovias pelos grupos que detêm esses direitos "é uma grande ameaça” ao País. De acordo com a frente, a utilização das ferrovias está a serviço do escoamento de maté-rias-primas de um reduzido grupo empresarial, sem atender a interesses coletivos e beneficiar as cidades cortadas pelas ferrovias”, afirma, ao explicar que as concessões poderiam ser catastróficas para o País. A proposta da Ferrofrente é que o modal ferroviário responda por pelo menos 35% do transporte de passageiros, relativizando a exclusividade dos detentores das concessões. A APMF (Associação de Preservação da Memória Ferroviária) defende a renovação das concessões. De acordo com a entidade, a ativação dos contratos de concessão eliminará erros cometidos no passado e dará novo fôlego, com massivo programa de investimentos voltados à evolução do setor.
Jornal Diário
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