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O Sindicato dos Atletas de São Paulo (Sapesp) recebeu na manhã desta terça-feira (2), 14 atletas do União Suzano, time que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, alegando atraso no pagamento do direito de imagem, más condições de trabalho e falta de alimentação. O Sapesp já estava de olho na situação há 40 dias e notificou o presidente do clube, João de Oliveira, sobre a reclamação dos jogadores. Como solução, o mandatário avisou que retornaria ao comando da gestão, tirando-o das mãos do investidor. A gota d água ocorreu na segunda-feira, quando João de Oliveira afirmou que o investidor seguiria no comando. Sem perspectivas de melhora, os jogadores foram à sede do Sindicato pedir apoio pessoalmente e oficializar as rescisões de contrato. PODE DAR WO Vice-líder do Grupo 6 da primeira fase do torneio e classificado para a segunda, o clube deve dar W.O. em toda a segunda fase da competição que começa nesta sexta-feira, 5 de julho. Nela o União Suzano está no Grupo 11, junto de Paulista, Tupã e Catanduvense. Para se reunir com os atletas, o presidente do Sindicato, Rinaldo Martorelli, desmarcou a presença na sessão solene no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, que firmou uma parceira entre o TRT-15 e a Federação Paulista de Futebol (FPF). Ele garantiu aos jogadores alimentação, alojamento e segurança. "O fato escancara um grave problema que vimos discutindo há algum tempo e mostra que a estrutura do futebol precisa mudar com urgência. Continuar passando a mão na cabeça dos clubes descumpridores está levando o esporte para o buraco e a responsabilidade de mudar isso é de todas as entidades que administram o futebol. É lamentável que só o Sindicato de Atletas de São Paulo trabalha por essa mudança que pode resgatar esse nosso patrimônio” afirmou. DETALHES TRISTES O Suzano mantinha os atletas com dieta de arroz, feijão, farofa e linguiça, sem "ver" carne vermelha na frente, como conta o auxiliar técnico do clube em contato exclusivo com a reportagem do Futebol Interior. "Teve jogo em que os investidores compraram 8 litros de água para 18 atletas. Chegou no intervalo, fomos procurar a água e não tinha mais. Quando souberam da nossa situação, o pessoal do Mauá começou a mandar caixa de fruta para a gente e os investidores não gostaram. Falaram que quem manda lá são eles", lembra Jackson que ainda completa. "Quando era folga, não tinha café, comida. Aí ligávamos para os investidores e a resposta era de que era dia de folga. Mas na folga não come? Era como se pulasse o dia de folga e só voltasse a comer nos dias de trabalho". QUASE NADA O auxiliar, que junto ao técnico Luiz Carlos Cavalheiro, também irá rescindir o contrato, lembra que nesses três meses, apenas partes do salário em carteira era pago e que os valores de direito de imagem nunca foram honrados. "Eles escolhiam quem iam pagar e quanto. Aqueles que eram mais estudados, espertinhos, eles pagavam mais para manter eles quietos. Tem titular que nunca recebeu um real. Fazendo uma conta rápida de cabeça, eles devem em torno de R$ 15 mil para cada jogador até novembro, que é quando acabava o contrato". No que diz respeito ao alojamento, Jackson conta que todos viviam em uma casa, com um banheiro para todos: "Pelo menos cama tinha para todo mundo. Cobertor, não. Mandavam por roupa, roupão. Mas não tinha nem onde guardar as chuteiras. Imagina o cheiro que ficava".

Jogadores do União Suzano reclamam de condições de trabalho

Futebol Interior

cabonnet

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