Empresa de transporte público protocola pedido de rescisão contratual
02/09/2019
Empresa alega falta de recursos para manter o equilíbrio financeiro pela prestação do serviço.
A empresa Trans VLP protocolou na última semana, um pedido de rescisão contratual com a Prefeitura de Tupã, para encerrar os serviços prestados de transporte público, através dos ônibus circulares. A empresa alega falta de recursos para manter o equilíbrio financeiro pela prestação do serviço. Segundo o empresário Emerson dos Santos Santana, o estopim para o pedido de rescisão contratual foi a manifestação do vereador Tiago Matias, na última segunda-feira, que denunciou suposta falta de atendimento a um passageiro idoso, sem conhecimento de causa. "Na última sessão, o vereador Tiago Matias alegou que não deixamos um idoso de 62 anos embarcar no ônibus. A gente vem encontrando dificuldades para operar já faz tempo. Alguma informação que a pessoa pública faz, acaba acarretando prejuízo para nós”, afirmou. Temos problemas com pessoas que divulgam essas informações sem conhecer a situação”, completou. Santana explicou que a gratuidade é oferecida aos passageiros, apenas, que tenham mais de 65 anos, conforme legislação federal. "Em algumas cidades é 60 anos, porque contam com lei municipal que dá essa gratuidade”, afirmou o empresário, ao explicar que em Tupã não há lei municipal que defina a gratuidade aos passageiros com menos de 65 anos. Santana destacou que a empresa tinha uma perspectiva com a demanda de passageiros na cidade de Tupã que, na realidade, não aconteceu. "Todo mês, mostramos as planilhas para a prefeitura e mostramos como está a situação. Ninguém até o momento resolveu isso”, disse. A empresa alegou dificuldade para operar e passou a aumentar a fiscalização dos passageiros. O empresário disse que a lei determina reserva de 10% dos lugares dos ônibus para passageiros que tenham direito de usar o transporte de forma gratuita. "Se o ônibus tem 50 lugares, eu tenho que reservar 10% para esses idosos. Nós conhecemos as dificuldades da cidade de Tupã e não fizemos essa limitação”, disse. "Estamos com dificuldades, não queremos deixar de prestar nosso serviço padrão, mas temos conflito com alguns passageiros que não querem pagar. Com isso, protocolamos a rescisão. Nossa maior dificuldade é o equilíbrio financeiro”, completou. Santana destacou que, apesar da prefeitura repassar corretamente os subsídios, a empresa possui média de 9 mil passageiros pagantes por mês. Em apenas uma fiscalização, registramos 100 idosos não pagantes com idade abaixo dos 65 anos. Isso em um mês prejudica o nosso trabalho. Nós respeitamos todos os passageiros, inclusive os mais idosos”, ressaltou. Outro lado O vereador Tiago Matias disse que está pesquisando a lei municipal para analisar o assunto referente à gratuidade do transporte público. "Se não houver, vou fazer algo a respeito para baixar essa gratuidade para 60 anos”, disse. Segundo Matias, usuá-rios o informaram sobre casos de maltratos cometidos por funcionários da empresa, quando solicitaram a gratuidade do transporte. O empresário nega as informações. "De acordo com a mensagem encaminhada ao vereador, a empresa fixou nas circulares informação de que a gratuidade seria apenas para idosos com mais de 65 anos”. Vale lembrar que a reforma dos pontos de ônibus também pode ser prejudicada com a rescisão contratual da empresa.
Jornal Diário
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