Palestra com 3 sobreviventes de Hiroshima acontece hoje
05/09/2019 Sobreviventes descreverão o que viveram e como sobreviveram ao ataque, além de contarem suas experiências de vida, imigração para o Brasil e as consequências da tragédia.
Três sobreviventes do primeiro ataque nuclear da história, chamados Takashi Morita, Kunihiko Bonkohara e a Junko Watanabe, contarão hoje (5), ao vivo, o que viveram e como sobreviveram ao bombardeio de Hiroshima, além de suas experiencias de vida, a imigração para o Brasil e as consequências da tragédia.
O evento será gratuito, às 19h30, no ginásio das Faculdades Faccat, localizado na rua Caingangs, nº 171-133.
A palestra reconstrói a história do militar Takashi Morita, na época com 21 anos, e dos civis Kunihiko Bonkohara, com 5 anos, e Junko Watanabe, com 2 anos, que estavam em Hiroshima no dia do bombardeio.
A atividade se trata de um teatro documental, que utiliza fotos originais e canções da época para comporem o clima da apresentação.
A população poderá conhecer uma das maiores tragédias da história, através de pessoas que participaram e sobreviveram ao primeiro ataque nuclear do mundo. São três histórias emocionantes de superação que irão agregar muito conhecimento histórico a cada participante.
Segundo Vinicius Mizobe, um dos organizadores do evento, o objetivo é conscientizar a nova geração sobre as tragédias do passado, contribuindo para o entendimento de que o diálogo é a melhor forma de resolver os conflitos.
"Ouvir o testemunho de sobreviventes de Hiroshima, como forma de resgate e reflexão sobre um passado sombrio, pode ajudar a nova geração compreender que eventos como o da bomba atômica não podem ocorrer no futuro da humanidade. A memoria é um pilar fundamental da história. Erra quem ignora o passado”, destacou.
Hiroshima
Em 6 de agosto de 1945, no estágio final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba na cidade de Hiroshima. Três dias depois, atingiram também Nagasaki. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia.
Os números oficiais informam entre 130 e 240 mil mortos como resultado dos únicos ataques nucleares contra civis em toda a história. No Brasil, há 83 sobreviventes das bombas, todos associados à Associação Hibakusha Brasil Pela Paz, anteriormente chamada de Associação das Vítimas da Bomba Atômica no Brasil.
Após ajuda médica e reconhecimento dado a essas pessoas, a associação passou a se dedicar também à propagação de mensagens de paz e pelo fim de armas e usinas nucleares.