Mesmo com tempo seco, população insiste em colocar fogo em mato na cidade
17/09/2019 População sofre com baixa umidade do ar, que varia entre 20% e 12%. Índices são classificados como ‘grande perigo’, chegando a atingir índices semelhantes ao deserto
Mesmo com o tempo seco, umidade do ar baixíssima, em níveis extremamente prejudiciais à saúde humana, a população insiste em colocar fogo em vegetação pela cidade.
Um leitor do Tupacity flagrou o momento em que folhas pegavam fogo próximo ao antigo prédio do IPT.
O Decreto municipal de Lei nº 6.821, de 22 de dezembro de 2011, proíbe a queimada de mato, lixo, vegetação rasteira, pneus e restos de podas.
O proprietário que deixar seu terreno propício à queimada está sujeito à multa equivalente a 5 UFMs, que equivale a R$ 382,85. Ainda conforme a lei, uma vez localizada, a pessoa que ateou fogo também será multada.
A situação lamentável ocorre em diversas partes da cidade todos os dias e quem sofre são os moradores, principalmente com problemas alérgicos que esta condição climática causa.
Com a secura do tempo e das pastagens, uma simples bituca de cigarro descartada de forma irregular, pode causar uma grande queimada.
Além de dificultar a dispersão de gases poluentes, o tempo seco provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a crises de asma e a infecções virais e bacterianas.
Nos períodos de longa estiagem característicos do final do inverno, a umidade do ar cai muito e fica mais alta nos dias quentes de verão, por causa da evaporação que ocorre depois das pancadas de chuva.
A Defesa Civil tem emitido constantes alertas para Tupã para a baixa umidade do ar, que ultimamente tem variado entre 20% e 12%.
Para se ter uma noção do problema, o grau de severidade é classificado como ‘grande perigo’, e chega a atingir índices semelhantes às áreas do deserto.
Baixa umidade do ar deixa também o sangue mais denso por causa da desidratação e favorece o aparecimento de problemas oculares e alergias. Mesmo quando a temperatura sobe, o ar seco faz seus estragos, pois acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele.
Quanto mais quente o ar nos períodos nos períodos de longa estiagem, menor a umidade do ar. O horário crítico, em geral, ocorre entre 15h e 16h.
Quando o nível cai para menos de 30%, os prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes: dor de cabeça, rinites alérgicas, sangramento nasal, garganta seca e irritada, sensação de areia nos olhos que ficam vermelhos e congestionados, ressecamento da pele, cansaço.
Cuidados pessoais para amenizar a situação
- Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
- Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede.
- Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
- Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
- Evite a prática de exercícios físicos entre 10h e 16 h;
- Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
- Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
- Aproveite o vapor produzido pela água quente durante o banho para lubrificar as narinas.
Denúncias
Qualquer cidadão, pessoalmente ou via telefone, pode denunciar queimadas na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, que fica na Rua Francisco Budaibes, 101. O telefone para contato é (14) 3496-3346.
Denúncias também podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros 193 e à Polícia 190.