A chuva da última sexta-feira voltou a preocupar os moradores da Vila Marajoara, bairro que recebe as obras de drenagem urbana há cerca de um mês.
Apesar de não ter registrado maiores estragos, a pancada de chuva, além de baixar a poeira no bairro, serviu de alerta para agilizar as obras, devido ao próximo período de precipitações que se aproxima com a chegada das altas temperaturas.
No ano de 2010, essa etapa das obras de macrodrenagem foi planejada para suportar chuvas de até 150 milímetros, com base em estudos realizados em um período de 100 anos. Vale lembrar que, na última inundação ocorrida no mês de março, na Vila Marajoara, as chuvas foram de cerca de 146 milímetros em cerca de uma hora e meia.
O secretário Municipal de Planejamento, Valentim Bigeschi, disse que em breve os trabalhos seguirão do "piscinão” da Rua Prudente até o pontilhão da Avenida Lélio Piza, sentido da Vila Inglesa.
"No braço direito, as obras estão mais adiantadas, com 150 metros de base preparada para receber as aduelas e, no braço esquerdo, são 150 metros para começar a base”, disse. "Os trabalhos acontecem com limpeza, construção de base e canalização”, acrescentou.
Vila Marajoara
Na Vila Marajoara, o projeto de tubulação interligará a Rua Jorge Elias com a Rua Abel Ferreira Leite, onde também serão construídas "bocas-de-lobo”. A Avenida Arthur Fernandes e Rua Cherentes também receberão tubulações.
A Rua Domingos Piva já possui tubulação, mas como as obras não foram concluídas, a canalização não funcionava como deveria. A instalação das tubulações na Rua Jorge Elias e na Abel Ferreira Leite fará a captação dessa bacia.
De acordo com o projeto, no final da Rua Domingos Piva com a Avenida Arthur Fernandes (antiga Getúlio Vargas) será instalada "boca-de-lobo”. Na continuação da Avenida Arthur Fernandes também serão instaladas tubulações e "bocas-de-lobo”. Os trabalhos seguirão até as proximidades do pontilhão localizado na Lélio Piza.
Vale lembrar que os trabalhos terão continuidade pelo braço direito do Córrego Afonso XIII até o Parque Ecológico, na baixada da Avenida Tamoios.
Projeto
A obra de drenagem urbana tem custo de cerca de R$ 12 milhões. As obras do braço direito ocorrem praticamente com tubulações que abrangem a região da Coplap, viaduto da Lélio Piza, ruas da Vila Marajoara e outros setores.
Os trabalhos também incluem a canalização da região do Supermercado Varejão Gaspar até a Avenida Tamoios. Já no braço esquerdo, as obras abrangem a Rua Brasil até a ponte da Avenida Tamoios, sendo compostas pela canalização do córrego.
O projeto de infraestrutura da drenagem é realizado para suportar o escoamento das águas pluviais urbanas pelos dois braços do Córrego Afonso XIII, contemplando também parte da obra de microdrenagem das vias da cidade. Os trabalhos buscam captar e direcionar de forma adequada o escoamento da água pluvial, minimizando impactos ambientais, assoreamento e inundações.
Outros trabalhos
Cabe ressaltar que esses trabalhos são referentes à 1ª etapa das obras e não resolvem todo o problema da cidade em relação à drenagem urbana. Essa etapa irá atender a canalização dos dois braços do córrego e a criação de dois piscinões.
Para que o projeto de drenagem urbana atenda toda a cidade, será preciso a implantação de novas galerias, piscinões e outros projetos complementares. Somente o projeto da segunda etapa está avaliado em cerca de R$ 69 milhões.
Mas ainda existe uma terceira etapa, que contempla o controle da erosão na zona rural, com custo estimado em cerca de R$ 110 milhões. A estimativa é que a conclusão das três etapas custe cerca de R$ 180 milhões, valor maior que o orçamento anual da prefeitura.
Jornal Diário
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