Por falta de abastecimento do governo, Tupã fica sem campanha de vacinação antirrábica neste ano
18/12/2019 De acordo com o Governo do Estado, Ministério da Saúde repassou apenas 30% da demanda anual de SP, que totaliza 5,5 milhões de doses para cães e gatos.
O município de Tupã e municípios de diversos outros estados brasileiros ficaram sem realizaram a Campanha de Vacinação Antirrábica no ano de 2019.
Em nota enviada ao Tupacity, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o Estado de São Paulo segue diretrizes do Ministério da Saúde para o controle da raiva. "A responsabilidade da aquisição e distribuição da vacina antirrábica é do órgão federal e o Estado apenas redistribui para os municípios, à medida que os lotes chegam a SP", diz o órgão.
Em 2019, até o momento, o Ministério entregou apenas cerca de 30% da demanda anual de São Paulo, que totaliza 5,5 milhões de doses para cães e gatos. A Secretaria disse ainda que mantém contato com o órgão visando o restabelecimento dos estoques.
Até que isso ocorra, o Estado poderá disponibilizar doses do estoque estratégico para os municípios que tiverem casos de raiva nesses animais e demandarem vacinação, por meio de ações de bloqueio, por exemplo. A definição das medidas compete a cada Prefeitura.
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses de Tupã, em 2019, nenhum caso de raiva animal foi registrado.
O responsável pelo CCZ, Robison Luís, informou que na cidade existe um trabalho importante realizado com os animais.
"Em casos em que um animal agressor morde uma pessoa e morre, antes dos dez dias de observação, uma amostra é enviada Instituto Pasteur de São Paulo para diagnosticar se o bicho tinha raiva. Se nada acontecer, não é necessário encaminhar a amostra". explicou.
Raiva: o que é?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem. É transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:
- mal-estar geral;
- pequeno aumento de temperatura;
- anorexia;
- cefaleia;
- náuseas;
- dor de garganta;
- entorpecimento;
- irritabilidade;
- inquietude;
- sensação de angústia.
Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
Como prevenir a raiva?
No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.
IMPORTANTE: Caso o animal adoeça, desapareça ou morra nesse período, informar o serviço de saúde imediatamente.Serviço
O Centro de Controle de Zoonoses fica na antiga vicinal São Gonçalo. O telefone para contato é 3404-2202. Outra informação importante é que caso a população encontre morcegos mortos ou no chão, deve entrar em contato com o setor, pois é sinal de doença. Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva.