Corrida aos supermercados é desnecessária, afirmam supermercadistas
20/03/2020 Segundo o Ministério da Agricultura, nem o arroz, nem o feijão, nem a carne, nem o frango faltarão na mesa do brasileiro
Carrinhos lotados com itens repetidos, atendentes repondo sem parar alimentos e papel higiênico nas gôndolas e filas de clientes nos caixas.
Cenas assim se repetiram pelos supermercados de Tupã principalmente nesta sexta-feira.
Durante todo o dia, dois supermercados ouvidos pelo Tupacity.com relataram a superlotação.
Diversos vídeos circularam nas redes sociais, gravados pelos próprios clientes, mostrando a quantidade de pessoas aglomeradas.
Fato curioso é que uma rápida observação no perfil dos clientes indicava que boa parte tinha idade mais avançada, justamente o grupo mais suscetível à possibilidade de contágio que requer os maiores cuidados com o coronavírus.
Os supermercados precisaram adotar medidas para regular o fluxo de pessoas e também de mercadoria.
Tumulto em supermercado de Tupã nesta sexta-feira
À sombra dos efeitos da greve dos caminhoneiros, que há dois anos atrás tomou conta do Estado e gerou uma sensação de pânico em clientes que correram para os supermercados, a história se repete com a pandemia de coronavírus.
Não vai faltar arroz e feijão
No entendimento dos supermercadistas e do Ministério da Agricultura, tanto alarde é desnecessário.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que os alimentos básicos no consumo do brasileiro –como o arroz, o feijão e a carne– não correm nenhum risco de desabastecimento.
De acordo com ela, o impulso por estocar alimentos é compreensível, mas não há razões para se preocupar.
"Nem o arroz, nem o feijão, nem a carne, nem o frango faltarão. O Brasil é uma potência que está colhendo a melhor safra dos últimos tempos. Não vai faltar. Não existe risco de desabastecimento. O que pode haver, e estamos trabalhando para que não ocorra, é apenas problemas de fluxo de mercadoria”, disse a ministra em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo divulgada nesta sexta-feira (20).
Tereza disse que a pasta tem se comunicado com as associações de supermercados, Ceasas, produtores, representações de caminhoneiros, de frigoríficos e cooperativas de aves e suínos para assegurar a entrega de alimentos e evitar que as prateleiras de supermercado fiquem vazias. A ministra pediu para que as pessoas fiquem calmas, tenham responsabilidade e não se alarmem.
De acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), 85% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são comprados em supermercados e cerca de 25 milhões de pessoas vão às lojas semanalmente fazer suas compras.
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