Paineira Tupã

A tupãense Marisa Custódio Braga Rodrigues, de 46 anos, deixou o Hospital Santa Casa de Misericórdia no último domingo (7) após 39 dias de internação devido ao contágio pelo coronavírus. O Tupacity.com conversou com Marisa pelo telefone nesta terça-feira (9) e ouviu seu relato sobre os duros momentos em que lutou contra a covid-19. Marisa ainda carrega uma tosse seca depois de ter sido infectada pela covid-19. "Eu tenho bronquite, então no começo, achei que era uma crise de bronquite", relatou Marisa. "Eu tinha muita tosse seca e muita falta de ar, além de dificuldade de respirar", acrescentou. Ela conta que ficou entubada por 16 dias. "Foram semanas bem críticas e minha saturação era baixíssima. Então meu pulmão não funcionava. Minha diabete desandou por causa de medicação de corticoide. Eu nunca tive diabetes. Minha pressão caía e subia e eles (os médicos) tiveram bastante dificuldade nestes dias". Antes de acordar da entubação, os médicos acharam que seria necessária uma traqueostomia. No entanto, Maria felizmente acordou. "No começo eu fiquei confusa, não sabia onde eu estava. Mas os médicos foram me explicando e então em uns dois dias eu voltei ao normal". De acordo com ela, foi possível ver uma melhora em seu quadro depois de ser transferida para o quarto. Devido ao período em que passou de cama, Marisa perdeu muita massa muscular, sofreu algumas lesões causadas pelo tempo em que ficou deitada, e ainda não consegue andar. "No quarto eu já podia tomar banho no chuveiro, sempre auxiliada pelo meu marido que ficou comigo todos esses dias, podia também usar o banheiro e isso ajudou muito", contou. "Eu Ainda não ando, mas eu já consigo escovar os dentes e isso é uma vitória. Também já estou conseguindo comer sozinha com um braço e o outro ainda estou começando a movimentar". Marisa terá de fazer sessões de fisioterapia, que já começaram ontem mesmo, para ajudar na recuperação dos movimentos. Ela disse que os médicos acreditam que dentro de 30 a 60 dias, a recuperação será completa, sem sequelas. "Eu ainda estou com 15% de lesão no pulmão, o que a médica disse ser muito pouco perto do que eu passei. Com 30 a 60 dias tudo volta ao normal. Será uma recuperação lenta mas não vão ficar sequelas", enfatizou.

Medo e fé Marisa disse que seu maior medo era de que o coronavírus deixasse alguma sequela. "A gente fica receosa, pois como é uma coisa nova (a doença) e a gente não conhece, tive medo de não conseguir mais andar. Eu pensava em como iria ser, se eu ia conseguir voltar a trabalhar, dirigir, pois trabalho em Herculândia", desabafou. Mas o apoio e as orações dos amigos e familiares ajudaram a superar os medos. "Eu fazia videochamadas com meus familiares e amigos. A primeira vez que os vi eu fiquei muito emocionada. Eles oravam por mim e diziam que tinha uma multidão em oração pela minha recuperação". Ela ainda disse que guardou na memória uma frase que reanimava suas esperanças sempre que se sentia desaminada: "Uma amiga me disse que tudo isso iria passar e que eu era a menina dos olhos de Deus . Sempre que eu desanimava, eu pensava nisso e tinha mais forças". Saída do hospital A saída do hospital foi marcada por muita emoção. Amigos e familiares recepcionaram Marisa em carreata, com bexigas e um "buzinaço". Do carro, ela também pode receber oração de sua pastora. (Veja o vídeo abaixo) "Esse momento foi de muita gratidão, muita emoção, porque naqueles últimos dois dias no hospital eu não esperava, então foi muito emocionante e eu só chorava. Deus me deu essa segunda chance no dia 19 de maio quando eu sai da entubação", comemorou.
Vale lembrar que Marisa está fora do período de transmissão do coronavírus. Seu marido também foi contaminado com a doenças, mas felizmente se recuperou rápido e em casa. Apesar de morar com a mãe, de 67 anos, a idosa não foi infectada pelo coronavírus.

Redação Tupacity

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