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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que a vacinação contra a covid-19 será obrigatória em todo o estado se for aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Doria já vinha repetindo nas últimas semanas que achava correta a obrigatoriedade, mas ainda não tinha anunciado a medida. Segundo o governador, apenas pessoas com atestado médico serão liberadas de receber o imunizante. Doria também voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acusando-o de "politizar" a vacina. Os ataques vêm diante da ameaça da falta de acordo entre o governo paulista e o Ministério da Saúde para que a CoronaVac, vacina desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, possa ser distribuída em outros estados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A definição, segundo Doria, se dará em uma reunião na próxima quarta-feira (21). A ideia do governo paulista é ter a CoronaVac aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a tempo de começar a vacinação de profissionais da saúde já em dezembro no estado. Os testes devem ser finalizados neste final de semana e os resultados serão entregues à agência na segunda-feira. "Em São Paulo será obrigatório, exceto quem tenha orientação médica e atestado que não pode tomar. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido", afirmou Doria durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O governador paulista ainda mantém a esperança de que o imunizante do Butantan possa ser distribuído nacionalmente. Para isso, Doria participará presencialmente de uma reunião decisiva na semana que vem, em Brasília, com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O governador também promete se reunir com o diretor da Anvisa, Antônio Barra, no mesmo dia 21. "O que São Paulo deseja é compartilhar vacina do Butantan para que outros estados possam vacinar. São Paulo vai vacinar. Já garanti que os 45 milhões de brasileiros em São Paulo serão vacinados", afirmou Doria, lembrando as 46 milhões de doses da CoronaVac prometidas até dezembro. Caso um acordo com o governo federal não seja possível, o governo paulista já afirmou que conversa diretamente com outros estados para disponibilizar a vacina do Butantan a demais federações. Expectativa positiva Um resumo dos relatórios de testagem da CoronaVac no Brasil será encaminhado à Anvisa na segunda-feira (19), mas Doria afirmou que o órgão já possui todos os dados necessários, uma vez que estes são acompanhados diariamente. "Até aqui, sem nenhuma colateralidade — ou seja, até aqui, os testes positivos da CoronaVac, a vacina do Butantan com o laboratório Sinovac", disse o governador. Os testes no país estão na reta final dos estudos clínicos de fase 3. Segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, as duas primeiras fases de testagem indicaram eficácia de cerca de 98%, enquanto o Ministério da Saúde fala em um número superior a 50% para aprovação da Anvisa. Gabbardo disse crer que a CoronaVac preencha todos os requisitos elencados pelo Ministério da Saúde para ser incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).

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