cabonnet

O governo de São Paulo disse nesta segunda-feira (19) que 35% dos nove mil voluntários que participam da terceira fase de testes no Brasil apresentaram reações adversas leves à CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Não houve registro de efeitos colaterais graves. A informação faz parte de um estudo parcial sobre segurança da vacina apresentado em entrevista coletiva no início desta tarde. Ainda não há dados sobre a eficácia da CoronaVac. Segundo o governo, essas informações serão apresentados até o fim do ano. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os voluntários que tiveram reações apresentaram principalmente dor no local de aplicação e dor de cabeça, além de uma porcentagem menor de outros sintomas como fadiga. Na China, segundo estudo divulgado no final de setembro, 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste da CoronaVac não apresentaram efeito adverso. Embora Doria tenha garantido anteriormente que a vacina começaria a ser aplicada em profissionais de saúde no dia 15 de dezembro, Dimas Covas disse nesta segunda que a data para liberação ainda é incerta. Para ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário que a eficácia da vacina também seja comprovada. "As perspectivas da vacina são otimistas, mas não podemos dar uma data específica de quando isso vai acontecer. Esperamos que até o final do ano essa vacina tenha o dossiê entregue na Anvisa, e que a Anvisa possa proceder a análise e o registro", disse. "Os primeiros resultados do estudo clínico realizado no Brasil comprovam que entre todas as vacinas testadas no Brasil a CoronaVac é a mais segura, a que apresenta os melhores índices e mais promissores. E é de fato mais avançada nesse momento. Os resultados dos testes demonstram até aqui que a CoranaVac foi a que apresentou o menor índice de efeitos adversos", afirmou o governador João Doria (PSDB). O governo diz que se baseou em dados que já foram publicados de outras vacinas que estão em testes no Brasil para fazer o comparativo sobre os efeitos colaterais. Os outros imunizantes, no entanto, estão em fases diferentes de estudo clínico, e sendo testados em um número total de voluntários também diferente dos da CoronaVac. "No total de todas essas 12 mil vacinações [em nove mil voluntários> feitas até então, ela [CoronaVac> tem uma ocorrência de efeitos colaterais, esses que eu acabei de apresentar, somando tudo em 35%. Das demais vacinas, nenhuma foi inferior a 70%. Todas, com exceção da vacina Butantan, tiveram efeitos colaterais grau 3, são os efeitos mais importantes quando se avalia uma vacina", disse Dimas Covas durante apresentação dos resultados. Em nota, a Anvisa afirmou que, pelos dados que recebeu até agora, não é possível afirmar que a vacina chinesa é a mais segura entre as que estão na fase de testes clínicos no país. A CoronaVac ainda está em testes entre profissionais de saúde brasileiros. Até agora, 12 mil vacinações foram aplicadas em nove mil voluntários. A meta é envolver 13 mil pessoas na pesquisa, com a aplicação de duas doses em cada. Durante a coletiva, o diretor do Butantan também afirmou que os estudos e testes continuam a ser realizados no país e devem incluir idosos e crianças, que já foram ou não expostos ao vírus. "O fato de nós apresentarmos uma fase não significa que já se encerrou o programa. Não, pelo contrário, voluntários são necessários e nós estamos dependendo muito desses voluntários. E ainda em previsão, o que nós chamamos de imunocov, que é um estudo que é feito da resposta imunológica em idosos para saber se a vacina funciona ou não, se é necessário um reforço, se é necessário uma vacina fortalecida. Vamos realizar aqui também, da mesma forma que está sendo realizado lá na China, estudo em crianças."

G1

cresol

Compartilhe:

Receba Notícias do TupãCity pelo Whatsapp


Participe dos nossos grupos

Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Tupã e região.

Instagram