Santa catarina

Todas as ciências seguem as etapas do método científico. E, sem dúvida, um dos mais importantes pelas implicações para a saúde humana é a medicina. A medicina usa o método científico para desenvolver tratamentos e terapias diagnósticas, e avançar na abordagem das doenças que afetam os seres humanos. Mas e a medicina alternativa? Como essa prática que alega ter os efeitos curativos da medicina convencional, mas cujas técnicas não são baseadas no método científico, pode ter resultados benéficos? Veja estas respostas e entenda as principais características que diferenciam a medicina convencional e a alternativa na sequência deste artigo. O que é medicina convencional? Medicina convencional é a medicina que tem o método científico como pilar de sua existência. Nesse sentido, a medicina convencional é a ciência da saúde que estuda, valendo-se de todas as etapas do método científico, as doenças que afetam os seres humanos, explorando formas de preveni-las e diagnosticá-las, bem como de tratá-las. Os médicos são os profissionais que concluíram a universidade de medicina e passaram por mais alguns anos de residência interna, ou ainda se aperfeiçoaram nas mais de 50 especialidades dessa ciência, entre as quais estão a pediatria, oncologia, neurocirurgia, cardiologia, reumatologia, psiquiatria, infectologia e muito mais. O caminho para se tornar um médico especialista, então, é de pelo menos 10 anos. Medicina alternativa: o que é? Medicina alternativa é aquela medicina que não é baseada no método científico, portanto não é uma ciência. Nesse sentido, é qualquer prática como homeopatia, acupuntura, uso de ervas medicinais, quiropraxia, hipnose, entre outras, que afirma ter resultados de cura, mas sem usar metodologia científica. A medicina alternativa não passa por grandes mudanças dentro do significado científico de "evoluir" e não está sujeita a modificações dentro de sua própria comunidade, pois não são realizados estudos experimentais onde sua eficácia seja endossada ou rejeitada. Há momentos em que as terapias da medicina alternativa podem ser usadas dentro de um tratamento convencional, mas geralmente para aliviar a dor ligada a uma doença. Neste contexto, acupuntura ou a hipnose, por exemplo, podem ajudar. Não se sabe se devido ao efeito placebo ou devido a verdadeiros efeitos biológicos, mas sempre como um tratamento complementar. Nunca como um tratamento exclusivo. Depois de conhecer estes conceitos, obviamente os contrastes entre a medicina convencional e alternativa tornaram-se mais claros. Mesmo assim, abaixo estão, em síntese, algumas diferenças pontuais entre elas: 1. A medicina convencional usa o método científico; a medicina alternativa, não. A diferença mais importante e da qual derivam todas as outras: o método científico, através das suas etapas de observação, reconhecimento do problema, questionamento, consulta da bibliografia anterior, formulação de uma hipótese, estabelecimento de previsões, experimentação, análise de resultados, conclusões e publicação de resultados em renomadas revistas científicas. 2. A medicina convencional é uma ciência; a alternativa, uma pseudociência. Enquanto a medicina convencional é uma ciência no sentido estrito da palavra, todas as técnicas de medicina alternativa são pseudociências. Isso não significa que a medicina alternativa não possa ser utilizada pois, como já foi dito, algumas técnicas frequentemente dão apoio ao paciente como terapia complementar. 3. A medicina convencional evolui; a alternativa, não. A medicina convencional, sendo uma ciência, está em constante evolução. Tudo o que é conhecido pode ser descartado ou substituído por novas descobertas que se mostraram mais eficazes do que suas predecessoras. A medicina alternativa não evolui. As práticas atuais são as mesmas de décadas atrás e permanecerão as mesmas por vários anos. 4. A medicina convencional mostra-se eficaz e segura; a alternativa, não. É claro que a medicina convencional tem riscos e alguns tratamentos são muito agressivos com o corpo. Mas, dentro desses riscos inerentes, é preciso saber que a terapia médica foi o resultado de um estudo científico onde foi demonstrado o equilíbrio entre eficácia e segurança. Na medicina alternativa não é possível ter certeza de sua eficácia ou segurança, pois não existe um estudo para avaliar a sua eficácia. 5. A medicina convencional tem efeitos fisiológicos; a alternativa, principalmente placebo. Quando um tratamento leva à cura, é porque aquele medicamento tem efeitos fisiológicos no corpo. Quando uma terapia alternativa cura, é mais provável que ela não tenha tido nenhum efeito fisiológico no corpo, mas sim um efeito placebo que, acreditando que ser útil, realmente tem um impacto em nível orgânico. Embora esteja claro que o único medicamento que pode prometer efeitos fisiológicos reais é o convencional, se a medicina alternativa pode ajudar, também é bem-vinda. 6. A medicina convencional requer estudos; a alternativa, não. Dentro da própria comunidade médica, tudo está sujeito a rejeição e reestruturação. Nada é dado como definitivo. A medicina convencional, portanto, sempre requer estudos científicos que demonstrem que um novo tratamento é mais eficaz ou seguro que os anteriores. Na medicina alternativa tudo é dado como certo. Não são necessários estudos para comprovar sua eficácia, basta o fato de que quem aplica a terapia entenda bem a sua função. 7. A Medicina Convencional possui áreas; a alternativa, não. Não se trata apenas da medicina convencional exigir um diploma universitário como longos anos de estudo, enquanto a alternativa costuma se basear em cursos nem sempre confiáveis (com exceção da Quiropraxia, que embora seja medicina alternativa, requer uma formação acadêmica muito rigorosa). A medicina convencional tem mais de 50 áreas que nascem dela, enquanto a alternativa trabalha simplesmente com terapias desconexas entre estas áreas.

BANNER ALFA

Compartilhe:

Receba Notícias do TupãCity pelo Whatsapp


Participe dos nossos grupos

Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Tupã e região.

Instagram