Vacinas para crianças chegam até a segunda quinzena de janeiro, diz Queiroga
03/01/2022 Ministro afirmou que Brasil será um dos primeiros países a vacinar faixa etária, mas diversas nações já imunizam público
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na manhã desta segunda-feira que as vacinas contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos começarão a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. Mais tarde, Queiroga mudou a previsão e disse que o imunizantes poderiam chegar a partir do dia 10 de janeiro.
— Na segunda quinzena de janeiro, as vacinas (para crianças) começam a chegar e serão distribuídas, como nós temos distribuído — disse Queiroga, após evento no Ministério da Saúde pela manhã.
Já durante a tarde, o ministro afirmou que as doses podem começar a chegar antes:
— Desde 23 de dezembro foi informado no documento posto em consulta pública que já tínhamos contrato com a Pfizer para fornecimento das doses infantis. E a partir do dia 10 de janeiro as doses podem começar a chegar no Brasil — disse.
Pela manhã, Queiroga também disse que o Brasil será "um dos primeiros países a distribuir vacinas para crianças". Entretanto, diversos países já imunizam essa faixa etária desde o ano passado, como Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, França, Estados Unidos e Israel
— Em relação a essa questão das crianças, ao contrário da narrativa, que é dissolvida pelos fatos, nós vamos ser um dos primeiros países a distribuir vacinas para as crianças — afirmou o ministro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, no dia 16 de dezembro, a aplicação da vacina da Pfizer para crianças. O governo, no entanto, resistiu a iniciar a imunização, alegando que não há urgência.
O Ministério da Saúde realizou uma consulta pública sobre o tema, que durou do dia 23 de dezembro até domingo. Especialistas criticaram as perguntas da consulta, dizendo que induziam respostas.
Nesta segunda, Queiroga afirmou que a consulta não foi um "referendo" nem um "plebiscito" e que o objetivo é "oferecer aos pais as informações necessárias".
— Nem é referendo, nem plebiscito. É uma consulta pública, seguida de uma audiência pública onde os especialistas das diversas correntes vão poder discutir para a sociedade tomar conhecimento. O objetivo disso, qual é? Oferecer aos pais as informações necessárias para que eles possam tomar as melhores decisões para os seus filhos.