Paineira Tupã

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Vigilância Epidemiológica, promoveu nesta quinta-feira (10), o "Dia D" da Semana de Prevenção da Leishmaniose Visceral. As ações educativas e de prevenção foram realizadas em todas as unidades municipais de saúde. De acordo com o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses, Robison Luís, o objetivo da campanha é promover o controle e a prevenção da Leishmaniose Visceral humana e canina com a realização de diversas atividades, como debates, roda de conversa e orientações à população sobre a doença e também castração do animal. "Não adianta esperarmos os casos surgirem, cães começarem a morrer e as pessoas se contaminarem para fazermos ações. Por isso sempre trabalhamos a prevenção nas escolas, nas ruas, nas feiras livres, e nessa semana não será diferente", explicou. De acordo com a enfermeira Joselaine Pio Rocha, a população precisa se conscientizar dos riscos que a leishmaniose oferece, seja a doença em humanos ou em cães. "Sabemos que nos cães a doença não tem cura. Já nos humanos, se for diagnosticada precocemente, conseguimos entrar com o tratamento, por isso é importante que a população se conscientize e que também valorize o trabalho que é feito pelos agentes comunitários para a prevenção", completou. Josi contou ainda que graças às ações da campanha, a população começou a debater sobre a doença e casos em cães e humanos puderam ser notificados pelo CCZ e pela Vigilância Epidemiológica. "Após o início dessa campanha, percebemos as pessoas mais preocupadas com a doença. Acreditamos que toda informação é relevante e é importante que a população entenda que precisamos acabar com essa doença, seja ela em humanos como também nos cães, já que o animal é tão vitima quanto nós, seres humanos", destacou. Caso em humano A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, registrou nesta semana, mais um caso de Leishmaniose Visceral em humano. Esse é o segundo caso confirmado em Tupã. Segundo a Secretaria de Saúde, o segundo paciente com a doença confirmada encontra-se internado, onde recebe os cuidados do médico Dr. Douglas Batista, que é referência no tratamento de Leishmaniose em Tupã e região. A paciente do primeiro caso, confirmado no início da semana, já recebeu alta e passa por tratamento e acompanhamento médico. De acordo com o secretário, o primeiro caso registrado foi na Vila Independência, já o segundo é no Parque Dom Bosco. Ações Segundo o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Robison Luis, a Secretaria está intensificando as buscas por cães com sinais e sintomas de Leishmaniose na Vila Independência e agora no Parque Dom Bosco, área onde foram confirmados os dois casos de leishmaniose humana. Segundo Robison, também estão sendo realizadas sensibilizações com profissionais da saúde para um alerta aos pacientes que procurarem o serviço com sinais e sintomas. Leishmaniose Visceral A Leishmaniose Visceral é uma zoonose que acomete principalmente o cão doméstico e os seres humanos. Seu agente etiológico é o protozoário Leishmaniachagasi. No Brasil é transmitida pelo mosquito palha de coloração amarelada. No ciclo da doença, o mosquito pica um cão doente – portador do parasita – e depois pica uma pessoa saudável, que pode também desenvolver a Leishmaniose Visceral. Sintomas De acordo com o Dr. Douglas Batista, é importante que a população fique atento aos sintomas que são febre durante muitos dias, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do fígado e baço. Em casos graves podem ocorrer sangramentos. O diagnóstico e tratamento estão disponíveis na rede de serviços do SUS – Sistema Único de Saúde. Os cães infectados pelo parasito podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas. Todos os cães infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fontes de infecção para o inseto transmissor e, portanto, um risco para a saúde das pessoas. Os sintomas dos animais infectados são emagrecimento, queda de pelos, crescimento das unhas, descamação da pele, fraqueza, feridas no focinho, orelhas, olhos e patas. "A única forma de saber se um cão está infectado é por meio de exames específicos de laboratório. O tratamento não é recomendado porque não apresenta eficácia comprovada", afirmou.

Assessoria de Imprensa

cabonnet

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