Paineira Tupã

A Prefeitura Municipal de Tupã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e juntamente com Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), inicia na próxima segunda-feira (11), novas buscas por casos de leishmaniose em humanos. A iniciativa visa orientar a população sobre a doença e encaminhar novos casos para tratamento. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Laércio Garcia, a iniciativa se deve a confirmação de mais um caso de leishmaniose em humano em Tupã. Até o momento, Tupã já conta com três casos da doença em humanos, sendo duas vítimas viscerais e uma tegumentar. No ano passado foram registrados dois casos da doença em humanos. O caso foi confirmado por laboratório e o paciente encontra-se internado na Santa Casa de Tupã, onde recebe os cuidados do médico Dr. Miguel Ângelo De Marchi, que é referência no tratamento de Leishmaniose em Tupã e região. Segundo o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Robison Luis, a Secretaria está intensificando as buscas por cães com sinais e sintomas de Leishmaniose na região central de Tupã, mais especificadamente na rua Aimorés, área onde foi confirmado o terceiro caso da doença em humano. "A Secretaria de Saúde, juntamente com a equipe da zoonoses, atuará orientando a população sobre as medidas de controle da doença, voltadas principalmente para o controle do vetor (mosquito), através de visita a residências da área onde reside a terceira vítima da doença", disse o secretário. Doença A Leishmaniose é uma zoonose, ou seja, é transmitida dos seres humanos para os animais e vice-versa, acometendo, em especial, o cão doméstico. Seu agente etiológico é o protozoário Leishmaniachagasi. No Brasil é transmitida principalmente pelo mosquito palha de coloração amarelada. A doença é transmitida através da picada de insetos que se alimentam de sangue (conhecidos como flebótomos), de animais silvestres, mas em especial dos cães domésticos, seu principal portador. De acordo com o responsável pelo CCZ, dentro da pessoa infectada, a leishmaniose pode se apresentar de duas maneiras, a leishmaniose tegumentar e a tegumentar visceral. Leishmaniose tegumentar Chamada de leishmaniose tegumentar ou cutânea, a doença é caracterizada pelo aparecimento de feridas (úlceras) na pele, e que com a evolução da doença podem aparecer nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Esta manifestação da doença é conhecida como ferida brava, e seu principal sintoma é o aparecimento de uma elevação na pele, de aspecto avermelhado, geralmente 3 semanas após a picada do inseto. Posteriormente esta elevação acaba virando uma ferida, que pode apresentar uma crosta ou até mesmo secreção com pus. Estas lesões também podem aparecer nas mucosas, formando assim feridas na região da boca e do nariz. Leishmaniose visceral A leishmaniose visceral é uma doença que pode atacar diversos órgãos internos, de maneira sistêmica, e em especial o fígado, o baço e a medula óssea, e é mais comum em crianças até 10 anos. Ela também é conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun. E seus principais sintomas são febre irregular e prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e das mucosas; perda de apetite e de peso e também inchaço abdominal, que são causados pelo aumento do fígado e do baço. Em estágios mais avançados da doença outros sintomas podem aparecer, como tosse, diarreia, respiração acelerada, problemas cardíacos e circulatórios, hemorragias e infecções associadas. Sinais e sintomas em cães Os cães infectados pelo parasito podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas. Todos os cães infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fontes de infecção para o inseto transmissor e, portanto, um risco para a saúde das pessoas. Os sintomas dos animais infectados são emagrecimento, queda de pelos, crescimento das unhas, descamação da pele, fraqueza, feridas no focinho, orelhas, olhos e patas. "A única forma de saber se um cão está infectado é por meio de exames específicos de laboratório. O tratamento não é recomendado porque não apresenta eficácia comprovada", afirmou.

Assessoria de Imprensa

Santa catarina

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