Usuários reclamam da falta de serviços no Terminal Rodoviário de Tupã
31/01/2020 Contrato da Prefeitura com a empresa que administrava o terminal se encerrou no dia 10 de janeiro
O contrato da Prefeitura de Tupã com a empresa Excelência Engenharia, que administrava o Terminal Rodoviário "Geraldo Seiscentos”, terminou no dia 10 de janeiro. Com o término dos serviços terceirizados, comerciantes e usuários notaram uma degradação no atendimento.
Comerciantes explicaram que o local já não recebe manutenção, sendo que muitos realizam a própria limpeza na área dos espaços comerciais.
Passageiros reclamam ainda do acúmulo de lixo e da presença de fezes de pombos e outros animais transmissores de doença.
Aos finais de semana, a situação no Terminal Rodoviário é ainda pior, devido ao aumento no fluxo de passageiros.
Comerciantes destacaram que tiveram que lavar os banheiros por causa da sujeira acumulada nos cestos de lixo e repartições.
Segundo alguns comerciantes, o Terminal Rodoviário também não oferece a mesma segurança para quem trabalha ou visita o espaço, como ocorria durante os trabalhos realizados pela empresa.
Muitos usuários ainda se incomodam com a presença de andarilhos e mendigos que se abrigam no local. A prefeitura informou que irá abrir nova licitação para contratar uma empresa responsável pela administração do Terminal Rodoviário, mas não definida a data.
Licitação
Para auxiliar os trabalhos da nova empresa, a Prefeitura de Tupã encaminhou projeto de lei à Câmara Municipal criando a cobrança da tarifa de acostamento, medida que já foi tentada no tempo do então prefeito Waldemir Lopes, sem sucesso, uma vez que a Justiça barrou a medida.
Com a nova tentativa de cobrança, a empresa vencedora da licitação para administrar o Terminal Rodoviário irá receber cerca de R$ 8,00 por cada ônibus que estacionar nas plataformas. Existe a possibilidade de nova ação contra a cobrança, considerada ilegal. Na época, a empresa que administrava o Terminal Rodoviário não recebeu nada e ainda pagou R$ 21 mil pelas custas do processo. Fora o que tinha expectativa de receber, que entrou na conta do prejuízo.
Segundo levantamentos, a tarifa de acostamento poderá render de R$ 10 mil a R$ 15 mil, por mês, para a empresa vencedora da licitação. Esta seria uma "condição” para conseguir empresas "interessadas”. Mas caso as empresas de ônibus ingressem com nova ação judicial para vetar a medida, a nova empresa vencedora da licitação poderá arcar com as custas do processo e perder uma fonte de renda para manter seus serviços no Terminal Rodoviário.
Vale lembrar ainda que o Terminal Rodoviário funciona sem AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) que, atualmente, é uma das principais exigências para garantir a segurança do espaço. Resta saber quem vai fazer a adequação, se a empresa vencedora ou a prefeitura.