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* Roberto Kawasaki Após o impacto esperado da pandemia do Coronavírus, as bolsas de valores do mundo desabaram, o dólar disparou, os investimentos internacionais retraíram, as exportações ruíram, as importações minguaram, o turismo internacional desapareceu, o PIB mundial desacelerou, as expectativas se tornaram angustiantes e os comportamentos das pessoas físicas e jurídicas retraíram. Enfim, criou-se um clima de velório, haja vista que o desconhecimento sobre o Coronavírus é quase total, a vacina sequer existe, a profilaxia é incipiente e paliativa. Obviamente que a Economia dos países e do mundo sentiria todos os efeitos drásticos. No Brasil, os mais afoitos e desavisados cobram ações imediatas por parte da equipe econômica para atenuar as consequências desastrosas sobre a Economia, trazida pelo Coronavírus. Ora, a causa da crise econômica atual é exógena, isto é, é variável externa às mais criativas medidas econômicas brasileiras, é totalmente independente do que fizer o Governo Bolsonaro. O que cabe, isto sim, são as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde. A órbita é sanitária, de saúde pública, não do Ministério da Economia. No mais, quaisquer medidas econômicas serão de curto alcance, de eficácia duvidosa e poderão trazer ainda mais perplexia aos agentes econômicos. Pois estes agentes econômicos ainda que suscetíveis ao ambiente desastroso decorrente do Coronavírus, são racionais e devidamente informados. No fundo, sabem que a racionalidade deverá prevalecer após um choque inicial. Já se pode aquilatar retomada dos indicadores econômicos à normalidade. Assim sendo, é fundamental manter a serenidade, ainda que a apreensão esteja no ar. Os agentes públicos e principalmente os governantes, devem expressar à população, equilíbrio e evitar transmitir um cenário de catástrofe. Mesmo que esse risco exista num patamar significativo. O ambiente micro deve ser contextualizado no ambiente macro: a Economia Brasileira deve seguir com as reformas tributária, administrativa e outras tantas que virão, para trazer um cenário de absoluta atração à investidores internacionais. O Brasil deve demonstrar de forma transparente, que será um país em busca de oportunidades e de retorno de investimentos. Só dessa maneira, o Brasil poderá crescer acima dos 1% que cresceu no ano de 2019. Aliás, já por mais uma vez, escrevi que a manter o ambiente atual, o Brasil somente poderia crescer 1% ao ano, o que de fato ocorreu. Por estas razões, o Ministro Paulo Guedes está coberto de razão em dizer que nada fará para, eventualmente, conter a crise trazida pelo Coronavírus. Seria totalmente inócuo. Mesmo porque, a capacidade governamental de efetuar gastos públicos é ínfima e traria dúvidas aos investidores quanto à disposição do Governo Bolsonaro em buscar o crescimento do PIB. Chega de malabarismos, pirotecnia e amadorismo. Não se esqueçam das pseudomagias e crimes financeiros cometidos pelo último governo do PT, a inesquecível e desastrosa Dilma.

Santa catarina

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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