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Banco Central executa maior intervenção da História brasileira, ao executar a liquidação extrajudicial do Banco Master. O banco  Master deveria ter sofrido intervenção do Banco Central a muito tempo atrás. Daniel  Vorcaro, principal controlador do Master desde 2016, preso pela Polícia Federal quando  tentava fugir do Brasil nesta semana. O que era escandaloso perto de 10 anos, estourou. 

Entre 2010 e 2016 o Banco Máxima, depois  conhecido por Master, adquirido por Vorcaro em 2016, fraudava previdências  municipais, desviando recursos financeiros, aliás, objeto de investigação da Polícia  Federal na Operação “Fundo Fake”. Após tentar fraudar a aquisição do Banco Master  pela BRB, cuja finalização foi impedida pelo Banco Central, envolvendo políticos graúdos  de Brasília e Rio de Janeiro, inclusive os dois governadores. A Justiça determinou o  afastamento por 60 dias do Presidente do Banco BRB, Paulo Henrique Costa, dentro da  operação Compliance Zero da Polícia Federal. Há muito a investigar, pois o montante de  prejuízos causados a pessoas físicas e jurídicas ainda precisa ser apurado, envolvendo  dentre outras, carteiras de créditos falsas. Os responsáveis devem ser rigorosamente  punidos.  

 Antes de tentar fugir, Volcaro tentou vender o  Master para um grupo Fictor, numa operação de R$ 3 bilhões, contudo deveria ter a  aprovação do CADE e do Banco Central, o que não foi permitida pelo Banco Central. Durante todo esse tempo de escandalosos desvios  

financeiros, sempre com o respaldo de políticos graúdos, envolvendo governadores,  senadores e deputados federais, o caso Master se deteriorava a olhos vistos. Contudo,  alguns escabrosos escândalos chegam num patamar insustentável e sem mais nada a  fazer, Volcaro tentou fugir do Brasil. Eficiente como sempre, a Polícia Federal evitou a  fuga do controlador do Master. Será porque a Polícia Federal incomoda tanto, que a  Câmara Federal procurou aprovar o projeto antifacção, relatada por 6 vezes pelo  Deputado Derrite, que prejudica operacionalmente e financeiramente a instituição  policial federal ? É coincidência ? Claro que não. 

Os grandes responsáveis que davam suporte para que os prejuízos fossem bancados pelo poder público, ainda devem ser apontados, bem como o montante total dos prejuízos causados a pessoas e entidades. Ao contrário do Projeto aprovado com mudanças  

pela Câmara Federal que causa problemas para a Polícia Federal, Receita Federal,  Ministério Público deve ser contestado pelo Senado Federal. O que tenta enfraquecer  instituições públicas federais, beneficia criminosos de todo tipo, inclusive do colarinho  branco. 

Muitas novidades surgirão.  

Santa catarina

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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