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Sem quaisquer avisos e razões urgentes que justificassem ações violentas, o Governo do Estado do Rio de Janeiro comandado pelo Governador Cláudio Castro (PL) promove uma caça a líderes do Comando Vermelho, maior facção criminosa que domina a sociedade carioca, trazendo pânico e mortes trágicas à população do Rio de Janeiro. Já são centenas de mortes dentre policiais, civis e criminosos. Isto é justificável ?

A bem da verdade, depois de muitos governos trágicos como os de Marcello Alencar, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pezão, Wilson Witzel e agora Cláudio Castro, onde se pode aquilatar o desgoverno como marca registrada, o resultado só poderia ser esse: a criminalidade crescendo cada vez mais.

Não há absolutamente, um planejamento governamental para a segurança pública em décadas. Pior, não há políticas públicas que possam trazer ações coordenadas em todas as frentes: segurança pública, Educação, Saúde, Habitação, Saneamento, Justiça, Transporte, etc. O que existe de fato, é a ausência do Estado na vida cotidiana do carioca, razão pela qual o Comando Vermelho cresce. A criminalidade só faz aumentar na medida em que o Estado inexiste, ou é insuficiente.

Achar que somente uma política séria e correta de Segurança Pública para o Rio de Janeiro será suficiente para deter a criminalidade, é pura ingenuidade. Três frentes, salvo melhor juízo, são necessárias:
1- Política de Segurança Pública conjunta do Governo Federal, Governo
Estadual e Governos municipais, com cronograma e recursos financeiros
fartamente disponíveis, com objetivos e metas a curto, médio e longo prazos;
2- Planejamento governamental do Governo Federal, Estaduais e municipais
em todos os setores: Segurança Pública, Saneamento, Transportes,
Habitação, Saúde, Educação, etc. também com metas e objetivos a curto,
médio e longo prazos;
3- Programas e projetos federal, estadual e municipais imediatos para conter a
criminalidade no Rio de Janeiro.

Nesse contexto, o problema do Rio de Janeiro não é de exclusividade do Rio de Janeiro. O problema é generalizado por todo o país, haja vista outras facções criminosas espalhadas pelo Brasil. Por tudo isso, a PEC da Segurança Pública é inquestionavelmente fundamental para melhorar as ações de segurança pública para o conjunto da sociedade brasileira. Sem paixões, sem fundamentações ideológicas. Hoje, a Constituição Federal está desatualizada e inadequada às ações governamentais, quanto à Segurança Pública.

Há que se ouvir atentamente as autoridades policiais, as universidades, as organizações especializadas, enfim, a chamada sociedade civil organizada. Planejar, organizar, administrar, executar, rever e avaliar. Sem paixões e ideologias baratas.

Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor da FACCAT, Delegado do Conselho Regional de Economia – SP, colunista da Rádio Cidade, Tupacity e Diário.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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