Paineira Tupã

* Roberto Kawasaki

Nestes tempos terríveis que estamos vivendo, um verdadeiro pesadelo, contudo absolutamente real de Coronavírus, o Brasil e o mundo terão em 2020 um ano a ser esquecido, inclusive no âmbito do PIB brasileiro e mundial. Todas as notícias trazidas pela mídia até o presente, traçam um quadro infernal, de mortes e paralização significativa das atividades econômicas, que indubitavelmente impactarão no PIB e na qualidade de vida das pessoas. Vejam por exemplo o quadro acima com informações oficiais do IBGE. Procurei verificar a evolução do PIB brasileiro de 2005 a 2019, em intervalos de 5 cinco anos. A precisão dos intervalos de 4 ou 5 cinco não invalida as conclusões, haja vista que estamos verificando a simples evolução da Economia Brasileira. Ainda que o agronegócio represente um vigor extraordinário, desde há muitos anos, a verdade é que sua participação no PIB vem caindo sistematicamente, ou seja, de 5,7% em 2005 para 4,47% em 2019. O que obviamente impacta no setor secundário ou industrial. Por sua vez, o setor da indústria brasileira é profundamente decadente, isto é, de 29,3% do PIB em 2005 para 17,9% do PIB em 2019. Como o setor industrial em qualquer país representa um segmento que absorve contingentes populacionais em geração de empregos de mão-de-obra, os dados industriais em queda livre explicam o por quê de mais de 12 milhões de desempregados. Caso continue ocorrendo a desindustrialização, jamais iremos absorver os 12 milhões de desempregados. Ainda não temos uma política industrial ativa. Aliás, desde o Governo Geisel... Contudo, o setor terciário, que engloba o comércio, financeiro, transportes, e sobretudo a prestação de serviços, traz um crescimento substancial. Ou seja, de 65% do PIB em 2005 para os inquestionáveis 77,7 % do PIB em 2019. A Economia Brasileira é um retrato da evolução da Economia dos EUA. Com peso estrondoso do setor urbano, com alta taxa de densidade populacional. Com a população brasileira vivendo nas cidades, e em grande parte em cidades de porte e metrópoles, um possível impacto da epidemia do Coronavírus na entrada do inverno, seria catastrófico.
Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT e articulista do Tupacity.

Fonte consultada: FIBGE

pref educação

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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