HUM TUPÃ

* Roberto Kawasaki O mundo vive uma situação terrível com o enfrentamento ao Covid-19. Se não bastasse a vulnerabilidade ao vírus, com milhares de infectados pelos continentes, com presumíveis sequelas, o pior são as mortes. Não apenas os idosos estão expostos ao mortal Coronavírus, como alguns poderiam pensar, mas também os mais jovens. A verdade é que há mais infectados do que expressam as estatísticas oficiais, haja vista que nem todos os infectados fizeram os testes, tampouco muitos que faleceram não foram e são catalogados como vítimas do Covid-19. Portanto, há muito mais que os números trazidos pelas autoridades governamentais. O que é, inquestionavelmente, assustador e tenebroso. É evidente que cada nação enfrenta o temível Covid-19 de acordo com suas características próprias, sua formação histórica, seus traços culturais, seu estágio de desenvolvimento e suas condições sociais e econômicas. O Brasil não é diferente, mas é consenso dentre os especialistas, que os infectados e possíveis mortes ainda não chegaram no ápice. A curva no gráfico é ascendente, com projeções piores que a Itália e a China. Assim sendo, as medidas tomadas por nossas autoridades municipais, estaduais e federais são absolutamente adequadas e oportunas. Ainda que possam causar prejuízos econômicos estupendos, o que é crucial, neste momento, é salvar vidas. E aqui é preciso ressaltar os incansáveis trabalhos grandiosos que os profissionais da Saúde Pública executam diariamente por este país afora. Sem sombras de dúvidas, é admirável. Muitos devem perguntar, das razões que levam o Presidente Bolsonaro a confrontar órgãos como a OMS, Ministério da Saúde, Governadores, Justiça, Prefeitos e especialistas em Saúde, que têm recomendado e efetivado medidas duras no combate ao Covid-19 e a posição, por vezes dúbia, do chefe do Executivo Federal, para não dizer contrária. É óbvio que por intermédio do Ministro da Saúde, a coordenação nacional tem se mostrado em conformidade com o manual estabelecido pelos infectologistas. Não poderia ser diferente. O mundo segue o que a Ciência Médica estabelece como medidas necessárias, e o Brasil trilha o mesmo caminho. Ainda bem. No entanto, o Presidente Bolsonaro parece propor uma conduta diferente. Aliás, indica sua posição totalmente contrária ao bom senso, falando até em "gripezinha”. Ora, isso é total desrespeito aos infectados e mortos. Na verdade, ao se opor à conduta de Governadores e Prefeitos, ele está vendo que o crescimento econômico foi perdido. Virá uma crise econômica brutal, com recessão, desemprego, queda na renda das famílias, dificuldades econômicas de empresas e das autoridades governamentais de todas as esferas, tendo em vista que os gastos públicos irão comprometer a saúde financeira do setor público. É transparente como o dia, que o ano de 2020 está totalmente comprometido. Até os Jogos Olímpicos de Tokyo foi adiado. Ou seja, ele está se precavendo das futuras cobranças que virão. Bolsonaro marca posição quanto aos "exageros” cometidos por Governadores e Prefeitos. Ele não quer ser cobrado no futuro. Bolsonaro sabe que não poderá combater Covid-19 com seu posicionamento, as medidas necessárias estão sendo tomadas pelos seus Ministros.

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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