* Roberto Kawasaki
Estão publicando as primeiras informações do impacto do Coronavírus na Economia Brasileira. São de Abril, o primeiro mês completo após o início da pandemia. E os números são terríveis, quase tanto quanto às infecções e mortes. De uma perspectiva inicial de crescimento do PIB para 2020, da ordem de 1%-realista face às históricas taxas da F.B.C.F ( Formação Bruta do Capital Fixo ), popularmente conhecido como taxa de investimento- e não as otimistas e irrealistas de 2% ou mais, o PIB apresenta queda da ordem de mais de 7% do PIB. Mas, ainda é cedo. Dependerá da reabertura e/ou fechamento da Economia Brasileira e mundial.
O dólar disparou, seja porque as taxas de juros caíram no Brasil, a começar pela SELIC, a atividade econômica desabou, tudo desandou e com isso, investidores ( especuladores ) fugiram do mercado financeiro brasileiro. Já a inflação prevista em torno dos 4% ao ano, caiu para um novo patamar de 1,5% ao ano. Seria uma notícia auspiciosa se não fosse a pandemia.
Evidentemente que o Comércio Internacional fosse sucumbir, como de fato ocorreu, com isso o mercado cambial e de comércio exterior, também travou. Como houve enorme e esperada pressão por gastos públicos para combater a Covid-19, recursos foram redirecionados, até descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal com o Congresso Nacional e o Judiciário autorizando, no entanto, o controle orçamentário público ficou à deriva, haja vista que com as atividades econômicas quase paralisadas, era esperado a abrupta diminuição da arrecadação tributária.
Portanto, déficits públicos federal, estaduais e municipais ocorrem num patamar quase sem condições mínimas de gestão financeira. É de se esperar um crescimento exponencial das dívidas públicas, o que deverá inviabilizar a curto, médio e longo prazos, quaisquer possibilidades de recuperação da Economia Brasileira. Certamente que o cenário social
deverá ser catastrófico. Leitores e leitoras, o pior ainda está por vir. Parece o pico da pandemia, que nunca chega.
Deveremos passar por dificuldades muito maiores, com incapacidade pública de atender as mínimas condições de vida decentes, com desempregados crescentes, com PIB decepcionante, com cenário social dramático. A não ser que tenhamos um novo governo que estabeleça um norte factível e urgente. Mas, isso é sonhar.
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