HUM TUPÃ

* Roberto Kawasaki Desde há muito tempo, uma História se repete tragicamente: as avaliações educacionais nacionais (IDEB-Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e internacionais (PISA-Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) do Brasil são angustiantes. O IDEB mede a qualidade do aprendizado da Educação e estabelece metas de melhoria do ensino, desde 2007 pelo INEP/MEC, em termos de Prova Brasil e SAEB-Sistema de Avaliação da Educação Básica, em Língua Portuguesa e Matemática. Já o PISA, criado pela OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mede o desempenho de estudantes na faixa etária de 15 anos, quando se pressupõe o término da Educação Básica, em Matemática, Língua Nacional e Ciências. Não é preciso dizer que em ambas, a Educação Brasileira é reprovada todos os anos. Em alguns anos se comemora oscilações de melhoria, e em outros anos, há piora nos níveis já sofríveis da Educação Brasileira. É fato que separar Educação do Desenvolvimento Econômico é impensável. Quando nós estudamos a Ciência Econômica, nas mais diferentes Escolas de Pensamento Econômico, há um consenso: a boa qualidade da Educação proporciona e impulsiona o Desenvolvimento Econômico de uma nação. Na História da humanidade é facilmente detectável que, somente nas nações em que há investimentos maciços em Educação, é viável observar taxas de crescimento econômico, condição sine qua non para alçar patamares mais altos de Desenvolvimento Econômico. Quando se fala em investimentos em Educação, não diz respeito somente a alocações financeiras. Longe disso. Investimentos maciços em Educação, significa obviamente, direcionar mais e mais recursos financeiros. Entretanto, exige planejamento estratégico, metas, programas e projetos educacionais, qualificação pessoal, tecnologias, popularização das Ciências, avaliações, prêmios e punições. O Brasil não tem uma Política Educacional séria e prioritária, que seja de Estado e não de Governo. O que há são Políticas Governamentais que mudam constantemente quando políticas partidárias se alternam no poder. Lamentável, triste e trágico. Num mundo em constante evolução das Ciências e das Tecnologias, não ter uma Educação de Qualidade significa condenar o país ao marasmo e à pobreza eterna. De fato, crianças e jovens que sequer sabem sua língua e não conseguem realizar operações básicas da Matemática, não irão acompanhar os altíssimos e exigentes degraus do conhecimento para criar novos conhecimentos científicos e tecnológicos. Enquanto os melhores alunos e alunas não desejarem o magistério como objetivo profissional, tendo em vista que este seria o que melhor remunera no mercado de trabalho, a Educação Brasileira não melhorará. É crucial que o magistério seja o segmento que melhor proporciona renda pessoal, em comparação aos demais segmentos. É e foi assim nos países hoje desenvolvidos. Quando isso ocorrerá no Brasil ?

ILUMINAÇÃO LED – PM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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