AGUARDAR A VACINA

* Roberto Kawasaki Após quase um ano, a pandemia da Covid-19 causa dores, traumas, mortes, prejuízos, como pouco se viu na História da Humanidade, ao menos envolvendo a população mundial cada vez maior. Graças aos avanços da Ciência Médica, e outras Ciências como o Química, Física, Engenharia, Biologia e Farmácia, o mundo pode ter esperanças claras de solução: vacinas que estão sendo produzidas num tempo recorde. A questão é atender a demanda gigantesca que requer rapidez da Engenharia de Produção e Administração, para que a oferta do sistema produtivo possa vacinar a todos no menor espaço de tempo. O problema é tempo, haja vista que seres humanos estão morrendo aos milhares diariamente. Outrossim, os seres humanos necessitam sobreviver, entretanto, muitos-pasmem-não acreditam na profilaxia recomendada pela Medicina, de higiene pessoal drástica, distanciamento e isolamento sociais e o uso de máscaras. Para manter a humanidade viva, a Economia precisa se mostrar ativa com sua funcionalidade plena, para que a produção de mercadorias e alimentos tragam perspectivas de sobrevivência humana. Aqui, reside um dos dramas: como trabalhar se a Ciência recomenda distanciamento social ? Todos bem sabem, como sempre nos ensina Adam Smith, que o trabalho produtivo humano possibilita a produção de bens e serviços, no entanto, as autoridades sanitárias e públicas, para viabilizar o sistema de Saúde Pública funcionando, têm bloqueado as atividades econômicas. Abrir a Economia, permitir a aglomeração, e logo em seguida, virão a explosão de casos de infecção, de esgotamento das UTIs, e consequentemente de mortes, como ocorreu com Manaus agora, na segunda onda de infecções ? De outro lado, devido ao longo período de pandemia, as pessoas normais estão se mostrando pouco preocupadas com os desdobramentos de encontros, festas, descuidos, aglomerações, circulando sem máscaras, como se a pandemia tivesse passado. Sabemos que não. Aliás, as notícias são piores, com mutações comprovadas da Covid-19, mais transmissíveis e incontroláveis, basta acompanhar os noticiários diariamente, para se assustar. Não há outra saída: as pessoas precisam se conscientizar da necessidade de manter todos os cuidados de higiene, distanciamento social, uso de máscaras, evitar aglomerações e aguardar pacientemente a vacinação em massa. Indubitavelmente, que necessitamos evitar contaminações e mortes, até que as vacinas estejam disponíveis, com equilíbrio entre oferta e demanda. Até lá, muitos cuidados higiênicos, isolamento social e cobrar de nossas autoridades públicas, providências no sentido ofertar vacinas e manter medidas de isolamento. Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT e articulista do Tupacity