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* Roberto Kawasaki Com as eleições do Senador Rodrigo Pacheco e Deputado Artur Lira para o comando do Congresso Nacional para o biênio 2021/2022, candidatos de Bolsonaro, a expectativa fica para que as esperadas reformas caminhem no Legislativo Federal. Devo aqui lembrar, caros leitores e caras leitoras, de que há dois anos atrás, quando Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia foram eleitos para os cargos mandatários do Congresso, naquela oportunidade, fruto das eleições de 2018, expectativas também haviam no sentido de que reformas inadiáveis seriam feitas, tendo em vista que também eles tinham o apoio do Presidente Bolsonaro. Contudo, apenas a reforma Previdenciária foi implementada. Também devo lembrar que mudanças propostas pelo Executivo, devem ser enviadas ao Legislativo no início do mandato, quando há ampla aprovação popular. Não se deve enviar e esperar aprovação de mudanças legais no meio do mandato dos eleitos, haja vista que estes estão com os olhos voltados às suas respectivas reeleições. É preciso, por outro lado, que o Executivo Federal envie na maior brevidade possível, os projetos de lei das reformas tributárias, administrativa, financeira, política, eleitoral e tantas outras que são absolutamente indispensáveis. Na verdade, dois anos se perderam. Principalmente, porque em 2021, Bolsonaro está com sua popularidade em baixa, em plena crise sanitária, com gravíssimas crises econômicas brasileira e mundial. Ou seja, o contexto político- institucional é amplamente desfavorável à mudanças radicais que destravem o crescimento econômico. Também será preciso que Bolsonaro abandone sua condenável verborragia ideológica e constantes embates com o Congresso e STF, pois o clima de desentendimento apenas inviabilizam a aprovação das reformas. No front externo, chega de querer enfrentar China e EUA, dois gigantes que o Brasil, pequenino, não tem condições de ser páreo. Aliás, os maiores clientes e fornecedores do Brasil. No entanto, agora Bolsonaro está totalmente refém do Centrão, que ele tanto condenava até 2019, que é insaciável em cargos, emendas, indicações, e outros interesses públicos e privados. Obviamente que uma reforma ministerial ocorrerá, também porque não há mais Trump nos EUA para salvaguardar Bolsonaro, com suas atitudes de confronto. Tudo isso requer competência, diálogo, entendimento e consenso, habilidades que Bolsonaro demonstrou não tê-las.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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